sexta-feira, 10 de abril de 2009

Músicas trocadas

Ouço as músicas a passar por mim… reinvento-me e rescrevo-me… paro nos tempos vivos de um estudo. Vivo, presente em mim os sentidos de vidas perdidas. Intocável… inquebrável, os amores das letras, construindo não palavras, mas pesados sonhos encostados a uma vidraça perdendo saudades, ganhando a poeira de gerações…
Nunca é tarde de mais, apenas para os segundos que passam, para esses nunca se tem tempo, os esquecidos encontros que perdemos e misturam-se outras tantas palavras e construímos um barco de ferozes correntes, presos a um titânico medo, esquecemo-nos de amar… presos a nós destruímo-nos e aos outros também.
Ficando para o depois, esperamos esquecidos, como os pesadelos de uma grade, como prisioneiros de uma titânica rede, estilhaçando vidros… e assim param gerações empoeiradas nos pesadelos dos outros.
Esfolamo-nos, gastamo-nos em tempos já perdidos, arriscando menos que nada no agora, morrendo com os medos de outros tempos… procuras-me num passado e eu ainda sou presente. Aprende. Procuramos os nossos destinos no passado, mas só o presente desvendará o vindouro…
Apetece-me escrever de mim, mas as músicas… as músicas mentem-me.

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