quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Sonhando acordado...

Pego em mim e respiro uma vez mais. Respiro na esperança de continuar... findando um sentimento de perda... um ensaio de nada...
Respiro-me e transpiro-te... sonho-me e entristeço-me... nos pesadelos e nas fantasias. Apático deixo-me levar em devaneios incertos e o bem é mal, pois todo o mal sabe bem... será que me consigo ver ainda... será que me mudei assim tanto?
Insisto-me em pesadelos e em sonhos, feios, sem cor, queimados, frios... acordo mergulhado em medo e anseios... e a cada golpe de ar... penso-me, penso-te, penso-nos... incoerente, inconstante... ausente deste corpo... transparente o ar que me envolve no opaco da realidade... inafável, sentimentos que se queimam, que me queimam. Sonhos e paixões que o ar me trás a cada sopro e inspiro uma vez mais... para me sentir... vivo e ainda distante.
Inspiro-me, pego-me e sinto-me desfalecendo... respiro na esperança de me dominar... tenho tempo, tenho sonhos... mas falta-me o ar que só tu me dás...

sábado, 26 de janeiro de 2008

Mágoas de sal

Decrescente
Degustando sal e lágrimas
Sentidas em meu peito
Aberto só para ti

Constrangido
Frio e amargo
Um pesadelo
E os sonhos...

Ausência e morte
As culpas e os sons
Crus e sem sabor

Passado que foi teu
E o presente que te dou
Espera um futuro meu...

Fim

Já foste aquilo que agora já não és e, talvez, na esperança de querer que sejas algo que não atinges dou-te tempo... dou-te o que talvez nem mereças… e na esperança fico sentado, à espera de um sinal... um sinal que não chega... e chega-se a um terminus e um fim que nunca mais chega...

domingo, 20 de janeiro de 2008

Atónico

Por vezes a promiscuidade das pessoas deixam-nos átonos… consequentemente empilham-nos de tristezas e sensações infortunadas… carregamos nós a fraca empatia e a distância a que nos remetem…
E lá do longe, passamos a distanciarmo-nos de todos… e quem não tem culpa sofre… encarrega-se essa mesma pessoa de sentir tudo aquilo que não queremos sentir… e vicia-se mais um ciclo, mais uma roda-viva de pesadelos vivos…
Quando tudo o que queríamos era um simples olhar, um sentimento de pertença… o valor de um gesto que ao de longe sorri para outr’alguém… e por mais palavras e por mais medos e por mais sonhos… essa distância só aumenta… a distância só nos magoa e nos ajuda a magoar… e a sociedade come-nos, devora-nos… por alguém nos ter abandonado… a consequência dos actos, duns actos distantes…
E atónico deixo de sentir… afasto-me de um e de todos… para te sentir, ausente, surreal… inconstante e incoerente… minha perdição, minha ruína… e tu e eu… e nós?

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

post post scriptum

tenho de adaptar-me ao novo tu. Poderás tu tentar perceber e depois adaptares-te às necessidades do novo eu?

post scriptum

não me faltam sonhos, não me faltam saudades... falta-me o tempo para te os/as mostrar. Sinto a tua falta e não é pouco e apesar de estarmos juntos ainda choro por ti, porque não me sinto teu, sinto que me rejeitas… e quanto mais te afastas, mais me afastas de ti e cada momento o teu coração parece tão mais longe.

sábado, 12 de janeiro de 2008

É por ti

Como quando fechamos os olhos… quando corre sangue de um sonho… e as lágrimas correm, salgam-nos a vida… amargura de um sonho inconquistado… num desejo inexplorado, um falso adeus e um olá pouco explícito.
Como quando os pés assentam na terra e choramos, tristes por sermos reais e sermos assim, cobertos de amargura, longe num sonho esquecido…
E tudo acaba e tudo recomeça e o tudo que vivemos, perde-se no espaço de mil palavras e em sonhos morro-me e em ti me perco…
Ausente e estranho, um ser que se consome por letras imaginárias, que nem eu imaginaria… forte e exausto, um ser esquecido pela diversão… um sonho que se foi pesadelando… e o aroma que se vai perdendo…
Posso regressar… faltam-me forças… falta-me vontade, mas posso… sei que posso e fecho os olhos… e falta-me o ar… e corre magias mil… sonhos sem fim… e lágrimas… perdidas em mim… perdidas por ti… e tudo foi feito por ti… no fundo, eu sou por ti… só tu nunca viste isso… só tu nunca percebeste isso e a dor volta, a mesma dor… a dor que os olhos vêem… é por ti… e é por ti.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Mágico e iluminado

É mágico… como ser iluminado.
É tudo tão perfeito,
Como um sonho…
Em mil pétalas de rosa

Teu cheiro… minha ilusão.
Apanágio de meu ser,
O aroma de amor.

Tua cor…
Um retrato de fantasia,
Como a íris da paixão.
Uma quimera colorida!

Teu sabor… Ah!
E degustar cada recanto
Desse teu paladar utópico!

E a melodia…
Uma sinfonia de vida.
Preenchendo meu rubro,
Corando meus sentimentos.

E nos momentos meus…
Penso em ti:
Expoente de minha loucura,
Crescente de meu amar!