domingo, 30 de março de 2008

Buscando-os

Buscando os sonhos
Em minh’alma prendo-me
E em ti e em nós
Devasto-me, construo-nos
Abraço-me, abraça-me

sexta-feira, 21 de março de 2008

Julgamento de um sonhante

Quando nos julgamos sonhantes, acordados, somos humanos… perdemos a divina protecção de um conto mágico, sem a força de continuar; de olhos abertos, percebemos que sozinhos nada será erigido… e sem notarmos, nada foi feito, a nossa Babel está de rastos, os nossos devaneios se esfumam como se fosse espuma de onda já morta…
Rastejando por um sorriso, perdemo-nos, encostamo-nos ao nada à espera de que nos vejam, que nos tirem dali e ainda assim continuamos, amantes de quem nos vê e não nos compreende… sozinhos, acreditamos, sonhantes dormidos por um sonho acordado. E sem esperar, mato-me, cada vez mais… por erros, por tentar ser por ti e não saber como deva de ser… talvez eu seja apenas um erro, talvez não mereça a vida que tenho e entrego-me a um destino, fadado de crueldade, nas mais gélidas e arrepiantes palavras… com os sonhos sem foz e uma garganta já sem voz, já se ilusões, mato-me e deixo-me, deixo-te decidir-me… porque não sei mais que amar-te, não sei mais que escutar-te; também erro, também me desiludes, mas não perco as forças, não sei fazer isso, desculpa mas não sei.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Embalado por ti

Instância de um ser
Que se consome
E se mata por ti

Trespasse de uma flecha
Que me devora
E meu pranto por ti

Amargura de uma saudade
Que se embala
E seu choro por ti

Coragem de um ser
Que te ama
E vive por ti

quarta-feira, 5 de março de 2008

Encostado a ti

Por vezes perdemos o tempo, encostamo-nos ao vazio e vemo-lo passar… entretemo-nos no passar dos sonhos, no vislumbrar de um pesadelo… por vezes pareço distante, por vezes também me canso de viver… mas nunca de te viver… nunca me canso de te recordar, não me mato por te viver… encosto-me à extinção por não te ter.
E também te penso em sonhos que nunca tive, em vidas que nunca sonhei… e ainda assim te procuro, ainda assim ainda me acho perdido em ti…
Encostado aos teus sonhos, faço meu, teu olhar e esmeraldas de sonho preenchem-me a alma, e minha ídolo de rejubila de amores, como uma constante inconstante de devaneios e marasmos.
Encostado a ti… perco-me na felicidade de quem se quer perder e em teus beijos em teus desejos… mato-me e, feliz, renasce meu ser…