sábado, 21 de novembro de 2009

Exalto-me

Exalto-me num cansado adeus, de algo que não quer regressar, na incessante procura de um dourado e eterno. Enrolado em mim mesmo, vejo-me no futuro que pintámos, no presente que tentamos diariamente encontrar nos olhos de mais um desejo, no cheiro de mais um raio de sol… gotas de felicidade, rompantes de um céu inesquecivelmente gasto em elogios.
Em fantasiadas nuvens voam-se os saudosos olhares, dourados e eternos… no regresso às origens, de um presente feliz… exulto de rompantes sonhos… gaudiamente na intensidade de nosso amor.
E mais uma viagem nos aproxima, mais uns caminhos que nos levam a guardar os recordados aromas, que ainda trago em mim, aqueles minuciosos e afáveis toques de desejo, de um ardor escaldante, escarlate embutido nos anseios de uma semana afastada de vivências, aproximando-se de um uma realidade… no meio caminho, de olhar para o Norte, desenho as letras de um novo amor… renovado a cada semana, a cada novo olhar, meloso e eterno.

sábado, 10 de outubro de 2009

Alentejo

O desenho de uma paisagem... os ásperos traços que te definem a dourado espiga… sem as vidas de outrora crias mais, a nova ramagem, destruindo os empedrados terrenos crus. Nas sombras te consomem as longas e planas encostas de mais um avistado monte.
As paisagens planas encolhem-se nos segredos, nos vastos nenhures… plantados de verdes constantes… paz de alma nenhuma, abandonada à tua sorte.
Os cansados retalhos de gentes perdoam-te pelo nada que lhes fizeste crescer, têm-se e entendem-se tristes, num mar infértil, ausente e só.
Mais um céu que esmaga uma paisagem esquecida, mais uma aurora que te acorda para lá do rio… para além do Tejo.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Fácil e Eterno

Facilmente me envolves no encanto de teus braços...
Facilmente me apaixono por mais um simples e descuidado meneio teu...
Facilmente te envolvo em sonhos mil...
E eternamente te encontro para facilmente me amares.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Eterno sentimento

A criação entranha-me em beijos ardentes, apaixonados e trémulos os movimentos incoerentes… procurando os cheiros de uma noite inacabada… os olhos tristes ainda esboçam a tua partida… ainda de te vejo esfumar no grito da alvorada.
O pesadelo invade a vontade de te ter, o desejo de sentir teu corpo de novo, entre a bruma esconde-te de mim e de meus constantes anseios… por entre o véu que nos une na cumplicidade de mais uma noite ainda viva e já morta talvez, abatida por uma saída repentina… um desencontro com o destino.
Poderoso, me levanto no meu trono de nadas… apenas entregue a ti… luz de uns olhos esquecidos de cor, de desejo… inúmeros passos em redor de teu encantado pedaço de arte… e ao recordar… chegam-me à cabeça palavras que não sei desenhar… leituras que não sei ouvir… um canto arco-íris, de um colorido nunca antes revisitado… e reservo-me na esperança de um eterno encontro, acostado a ti… meu rebelde sentimento.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Distância

A distância jamais terá argumentos para me separar… para me afastar da pessoa que sou… dos meus meneios mais delicados, do meu sangue mais vampiresco… dos desejos e da alma que me torna real… do que eu sempre fugi…
Os contornos são os mais plurais possíveis e tornam-nos mais aproximados… mas de regresso a casa, buscamo-nos em nós… realçam-se os traços de um duo perfeito, de um par construído para si mesmo… e as solidões regressam à regressão de um momento simples e puro… os ases de regresso a um embaralhado habitat, cheio de esperança e de felicidade.
E mais uma vida esperaria, só para te poder voltar a ver sorrir… a predilecção dos audaciosos beijos, deixam-me navegando num mar calmo… livre de apatia… sempre nos apanágios de um sempre… e as desventuras de um passado, saboreiam-se no presente que se quer futurar…
A distância não pode ignorar os meus sentimentos e esses nunca se afastaram de ti.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

"Eu também..."

Longe, afastado dos meus dias... carrego-e pelas ruas descalças, despidas de almas já extintas e centos de saudade. Embrulho-me no emaranhado de gentes... intrinco-me sem esperança de coisa alguma. Teu aroma ainda espreita nas minhas vestes, nos meus achados... perco-me sem ti, reinvento-me em desejos dos beijos... do que não há aqui... onde só, te anseio...
A saudade aperta o necessidade de conviver... de te sentir, em doces olhares, cheios de futuro... achados em amor e uma bruma sempre brilhante, sempre tua.
agora as memórias de um esculpido céu, enfeitado por cores mil, reluzentes em teus olhos... numa festa, num devaneio real... uma utopia perfeita... e os ecos de tuas palavras ainda habitam meu coração: "Eu também, eu também..."

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Eterno

Um para sempre… uma simpatia, uma cumplicidade invejável… corpos sem intrigas, sonhos presentes, restringindo-se ao sentimento… sem pensamentos vagos e antologias de mil sonhos… uma paixão guardada numa caixa… num caminho uno e… presentes pensamentos e sentimentos de recolha… e tudo começara numa tentativa esquecida… no reencontro perdido… num abraço amargo, nos copos de vinho… e entre o eterno e o passivo, centos de distâncias e num olhar, a transformação completa…

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Clichés

Os trechos de paixão preenchem o vazio de tua ausência... os romanceados beijos atestam o certo sentido, os sentimentos mais altos e mais certos. Os olhos que se amontoam de passados indígenas, pedem tua visão... obrigam-me a ter-te no meu alcance... e as letras que deambulam na minha cabeça, rasgam as folhas e desejos e saudades.
Os reencontros tornam-se simpáticos bons dias e a tua presença afecta-me a índole... sem pensar, penso em ti... sem querer amo-te e ao querer demonstrar descaem-me as palavras mais acentuadas, produzem-se as frases mais conhecidas, que o coração não sabe negar...
Rumamos os dois, num afastar de proximidade, que nos prega a um chão junto e compacto... que carregamos desde um passado inacabado... que quero consolidar neste presente... para um sempre futuro.
Palavras repetidas, na esperança de serem escutadas... por ti, meu amor.

domingo, 30 de agosto de 2009

Personagens

Estou aqui, sou eu, não sou instável nem coisa nenhuma. Quiseste partir com ideias já criadas, mas continuo aqui. Se cresceste eu também, se a ti te custou a mim também; de maneiras diferentes, sei, de jeitos diferentes… tive outros problemas e não tinha com quem falar, pois a pessoa que eu pensei que te podia substituir, era opressora, não era com ela que eu ia falar meus problemas.
Quando percebi que o que fiz estava errado, tentei… mas fui cobarde. Era tarde. Fui o mais rato que podia haver e voltei para o mesmo de novo… porque apesar de tudo ela estava lá, e sim, compensava com outras coisas que eu acha que podiam ser melhores, não gostava dela, encantei-me inicialmente, sim, mas não passou disso, depois tentei afastar-me. Era tarde, ela tentou findar-se (e agora é a minha vez). Vivíamos em polémicas discussões, não nos víamos, eu trabalhava… Trabalhei não como toda gente… para si próprio, mas por minha mãe… semanas longas, sem regresso anunciado e refeições sem vontade de deglutir.
Não tenho mais família que meus pais. É uma condicionante. Fui criado assim, afastei-me ou afastaram-me de tudo e não tenho nenhuma segunda família… como minha irmã teve a madrinha, ou meu irmão a segunda avó… não tenho mais ninguém senão estes… sinto falta de afecto.
Sei que a culpa é minha, que sou eu que não sou suficiente. Não me apetece nada, não sei de mim… e contigo isso nunca aconteceu… a verdade é que, por ventura, o impulso para nos conhecermos foi culpa de Benedita… mas as coisas foram ficando capazes e ao mesmo tempo francas e naturais. Aprendi que o amor não é uma jaula, mas sim uma vastíssima liberdade… algo que rapidamente desprezei com a Patrícia ou com a Susana. Sentia-me contrafeito a fazer algo… quando queria perdurar tinha de ir e quando queria caminhar tinha de me quedar… perdi-me.
Batalhei-me em conquistas perdidas e aqui peço o meu perdão, deboto todo o meu pesar, nas últimas linhas que lerás…
Pensei que tinha de ter alguém como minha mãe, pensei que assim me distanciaria… nem dei tempo a mim mesmo… mas não.
Ao longo dos meses que tive com a Susana, percebi que era eu, eu é que estava enganado (no fim estávamos os dois). Sobretudo era eu que era como minha mãe, era eu que dava o máximo, pelo bem dos outros. Sou eu que sou assim, não tinha de fazer ninguém assim… eu simplesmente sou assim, não sou inconstante… se calhar sou um pouco carenciado, de uma infância que comparo com a de meus irmãos, que tiveram outro apoio, algo que eu não tive… sinto-me mais longínquo que eles.
Tu tornaste-me uma pessoa sadia, como se pudesse gostar de mim mesmo. Sem medo de olhar no espelho, reconhecia no reflexo a pessoa que era, sem vergonha, não tinha de ser diferente… pois eu estava com alguém que realmente me compreendia.
Eu sei que errei, que me afastei de uma maneira crua, sei que fui… mas ninguém sabe aquilo que senti.
Em minha mãe vejo que cresci, que não sou assim tão má pessoa como as vezes me pintam, não sou convencido, nem egocêntrico, sou eu mesmo… tenho defeitos.
Sou eu. Às vezes bom, às vezes mau… sou a pessoa que sou e tens de perceber isso, agora no fim, tens de me perceber, eu sou assim… também sei ver os meus erros. Mudei… mas todos mudamos…
Não quero mais viver esta angustiada realidade. Não mais quero sentir o fel de teu olhar, não mais quero residir num mundo que já não sinto meu… jamais merecerei partilhar os odores que teu sedoso ser emana… assim posto, de vós me despeço…
Ainda te amo e sempre te amei Sofia.


Até sempre

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Mata-me de vez

Meus olhos consomem-se em desejos antigos, evocando os sentidos, perco-me.
Saudade, do que perdi... fui eu que te tornei assim, será que mereço tal deusa?
Continuo sem resposta, entregue aos sentimentos... sei que me perdi... e agora não consigo pensar mais, já não sou capaz. Preciso de ti, a tua gravidade chama-me... entrego-me.
Longe num planeta distante, ainda em lágrimas, sinto-te maior... não consigo evitar... Amo-te.
Alimento-me, numa noite relembrada, sonho acordado, ainda se esfuma mais um beijo, mais um devaneio de alegria... e em gáudios me refaço... doentio passado, agarro-me ao presente... anseio que me ouças... deixa-nos ser felizes... sente e vive... mata-me de vez.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

“Não te sei largar”

Hoje estou feliz, não gosto de momentos... prefiro continuidade, mas por momentos estou feliz.
Dizem que me invento melhor na tristeza, que exprimo delicadamente as minhas melancolias. Pois bem, contrariando-me, hoje quero ser feliz, quero escrever mal... simples e directo, sem condições... apenas em traços simples e calmos, como um solar rebanho de gotas, pasmando o ar, fitando os sonhos de um apaixonado beijo... de um casal enfeitiçado pelas felicidades alheias... como que de repente agissem em conjunto, numa valsa a um tom, consumindo o piano do amor, numa escala a dois tons... o sol, longe... mirando a valsa utópica, criando mais um raio, o último de mais um dia que cessará nos brilhantes olhos de um ser, de um sentimento.
A partilha, as certezas de partilha da vivência deste presente, do nosso presente... mais-que-perfeito, nosso jeito detalhado... recortado aos cantos de cada um. Ainda se debatem sobre mim as imagens de meu deleito... ainda te sinto em meus braços...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Probabilidades

Tantos anos, tanto que não se falou, que se perdeu... que não se viveu. Destinos diferentes reencontrados numa busca interna, num pouco de paz e tranquilidade. Encostados à fogueira... reproduzindo passados, desinibindo-se nos copos de alegria... libertos para a idiotice... para os pretéritos... amizade de mil anos.
Reencontros... a milhas de uma costa igual... num mesmo arruamento... propósitos iguais... sem expressão... um olhar amedrontado... certezas e figuras sem estilo! Consumindo um passado a cada segundo e mais próximos, inventámos desculpas e inteligentes ardis... as probabilidades são reduzidas... mas coincidências não existem!
Fados de recontro, anos sem escutar teu riso, sem o aroma do teu abraço... enfogueirado. Despraiámos nossa amizade e da busca interna, nasce uma surpresa externa... Obrigado destino!

Pôr-do-sol

No pôr-do-sol deitei as lágrimas do nosso amor... ao sol-posto amei mais que o impossível... corri, soltei sonhos mil... centos de infinitos sentimentos... milhões de ansiosos beijos, num vácuo de fados... grãos de paixão, sementes de um presente agarrado a um passado não esquecido...
Medos futuros que o presente não quer esquecer... alagado em desejos, morto, julgado ao abandono das ondas... vagueando no infortúnio... mostro-me, mais simples que antes, mais desejoso que nunca... procuro em mim a força de continuar, mas é por ti que ele se desloca, e em ti desaguam minhas lágrimas... e os desejos e as saudades... do que já não fui... do que não soube ser... amedrontado, ainda te procuro... se não a meu lado, ao menos dentro de mim... junto ao peito, de onde nunca sairás.

Mãe

Perdoa-me. Sem mim, nós éramos tu... sem ti não vivia.
Retirado do presente, num beijo marinho, entre o areal descoberto... vivendo o mundo, percebo-te, mais que qualquer um. Desvendo as tuas razoes; amedronto-me, mas morrerei... um dia sairei, mas contigo infinito... perduro na memória, no coração arritmado e sempre inquietado.
A ti devo-me, por ti cavo-me e reinvento-me... quero mais que um mundo e vivê-lo para ti... recompensar teu esforço... amo-te... sem condições... para ti tenho sempre razão, mesmo quando ambos sabemos que não.
Quero por ti sê-lo... fugir, correr na felicidade; mostrar-te que vale a pena... dar-te todos os mundos... os sonhos e a vida que nem ouso sonhar para mim... indigno de tal personagem, remeto-me a admirar-te, engrandece-me agradar-te.
Desculpa… quando não fui capaz, quando morri, mas hoje e sempre seremos nossos, sem restrições.
Amo-te, certo e para sempre.
Quando procuro alguém, é em ti que penso, modelo de meus esquissos ideais... pedaço de virtudes e defeitos de minha alma. Devaneios futuros e pretéritos presentes... para sempre nosso, este sentimento mundano... desejo incumprido até ao meu cessar... afecto infinito... tu sim, superior à escrita... sentida, mãe.

Sagres

Na ponta dos sonhos, onde pequenos grandes segredos se remetem às lágrimas de sal... aos rochedos perdidos no vasto azul... consoantes vulgares e gritos vácuos... desvendam um saudoso adeus... uma quimera esquecida... encontros e desencontrados futuros, presentes a cada esquina...
Falésia de sentimentos... amores e falsas virtudes... desfaço-me a ti... tu sabes. Não sou mais que ser... erros, desencontros e pesares antigos... fazem-me hoje.
Abandonado a mim, perdoo-me, perdoas-me tu?
Lugar de futuro... gentes do passado, descobertas de pretéritos, propósito de viagens e reminiscências dos segredos.
Sonhos e devaneios... abençoado no azul... celeste e infinito... na ponta do meu mundo, pensando-te e procuro-me.
Sem segredos, em salgadas lágrimas, me desvendo em gritos mudos. Achei-me, erro de mim mesmo...
Ainda me futuro na esquina da vida...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Porto Covo

Os sonhos mergulham nas rochas e desfazem-se em areais grossos e intricados... como os versos de minh'alma, carregando os desejos... escutando teus lábios mudos, minha sereia ausente.

Recuos e certezas

Intenso este nosso momento, na boca do paraíso... encontrei-me... abandonado ao pensamento... de mim, completo e exausto... em vagas me monto... ao farol de meus dias.
Na lua encontro a companhia do negro... alma e consciência, num só pensamento, num único sonho... um uno amor.
És o propósito de meu avançar para um mar de medos, anseios antigos a que perdemos, que já não queremos fugir... quem queremos correr este mundo... com quem partilhamos os momentos paradisíacos... Companheira de luares infinitamente completos.
Recuos e certezas, buscando-me amar... a consciência de um coração arritmado e sonhos de amor.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Raiva?

Raiva? Não percebo esse sentimento, rancorosamente não me perco em elogios... Possivelmente me passaria com comprimidos, mas tenho medo de exagerar na dose... mais uma vida poupada... se merecia, nem o ponho em causa... não estava pronta para Deus. Triste, se não tenho, mais ninguém o tem, mas temos de saber viver com os erros e alargar costas aos problemas.
Gostava de entender, pois não sou assim... preferia estar feliz, que estivesses no teu cantinho feliz, mas não percebi...

Coração alumiado

Para lá dos meus desejos, encontro-nos no horizonte, no desencantar das ilusões, dos devaneios que já não se sentem, que já não significam...
Persigo-te em areais famintos, em pesadelosos labirintos, magicamente erigidos em volta de meu forte, meu luar, meu farol... e na praia dos desejos, acosto-me ao pensar de outrora, julgo-me e julgam-me... sem perceber, entendo-te, nos devaneios de um horizonte... no meu mais perfeito pesadelo, mato-me.
Cerimonioso, embrulho-me em desejos. Em nós nos perdemos, evitando sentimentos, com fugas fáceis e infelizes...
Entrego-me às ondas do destino e sem pensar salto a falésia... e alumias-me o coração, entre os horizontes, perco-me... aos desejos me remeto, de uma realidade que fugi.

domingo, 9 de agosto de 2009

Navegando a alma

Entre as ondas e a falésia, encontro-me pensando-te… triste, abraço-me às vagas, à maresia de um vasto nada, elogiando teus lábios… perco-me no areal, na minha ondulada solidão.
Concebo-me em ti, mas, abandonado ao sabor do vento, bolino-me sem destino.

sábado, 8 de agosto de 2009

Longe de ti

As frases soltas podem não ser a maneira mais indicada para escrever, mas os pensamentos ligam-se todos... gostava de poder entender o porquê de ter saudades de escrever... acabo sempre por recriar as pelavras, dando-lhes um significado diferente a cada frase que passa... e consomem-se as letras e as ideias e tudo se resume a duas frases saudosas:
"Tenho saudades de ser feliz.
Tenho vontade de te amar."


Longe do Paraíso

Esquecendo do mundo
Deste que já me perdeu
Onde me consumi
Longe de ti

Perdido nas estreitas calhas
Onde o amor foge
Num sentido sumido
Só… corro… suprimido

Ali onde nada há
Já o ser se escapa
De o que nunca existiu
Lá embrulhado no frio

Apresentado pelo vento
O sonho que tenho
Aquele ar que cai
Quando o ilusão se vai

Longe do paraíso
Aconchegado ao desejo
Longe de ti
Eu, largado, estou aqui

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Olhos enxaguados

Os olhos cansam-me, os devaneios percorrem-me... encontro-te nas letras, procuro-me e encontro-te... num passado, num presente... abandonado. Desvaneço-me em lágrimas...
Abraço um pretérito, que tento largar... percorro-te e perdes-me e perco-me e tenho-me sozinho, encostado a ti... procurando um amor, intuição inexplicável... porquê?
Seria tão mais fácil, tão mais ágil e eficaz... porque não sei viver sem ti?
Exausto, encho-me... procuro-te no breu de mais um dia, mato-me e desejo-te... tarde. Entristecido recolho-me, apresento-me ao vácuo, entrelaço-me em mim, mas ainda te procuro... quero-me em ti, quero viver-nos... actos passados não me devolvem-te, não nos devem-nos... tremo-me e em mim te procuras, sem a confiança de outrora.
Amo-te, mais que a escrita e os sonhos... pois as realidades só fizeram sentido quando tu sabias. Tardio, o vento de uma noite clara, esquecida... relento de devaneios e medos, estou em ti e tu fora de mim... fora de nós.
Nu, de uma cor qualquer, enterro-me... tento esquecer-me... procuro seguir, mas apenas cessando os sentidos o consigo, pois até no mais irreal sentido perco-me de ti.
As horas não são iguais, seria mais ágil ter-te no passado, ter-te esquecido; coubera dentro de mim toda a esperança de uma benquerença, sentimento amorfo e pobre... morto e sem esperanças de mim mesmo, vou perseguir-me à exaustão... Quero-nos.
Vou alcançar-nos, entendo-me de amor, encontro-me preso a um sentimento que não queria.
Tudo o que não quero é magoar-te.
E entre os desejos e as luas, o dia raia, sem amor e uma vez mais com o olhar molhado... amo-te.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Entendo-te

Mais um desejo, procuro-te, no meu local, no nosso lugar... o teu beijo... perdido nos calmos e dóceis lábios de meu amor. Sigo o meu caminho, persisto naquilo que perdi, teimosamente busco-te.
Os meneios são dedicados, os pensamentos exclusivos e tu não me compreendes... enquanto morro por ti, vives aí, na esperança de me amares... vou ficando e tu tão longe... quero, preciso viver-te.
Os erros do passado ninguém os apagará, os votos que quebrei... porque te amo? Imploro-me para conseguir aguentar, para poder encontrar-te, mas só o tempo o dirá... quero, anseio... sei que sim.
Os medos tomam conta de nós e quando decidimos agir... tarde? Se não for assim, não quero mais, não sei sonhar se não fores tu, não consigo entender o que sou, só me entendo-te.
Desculpa, mas eu já não sei fugir... vou ficar até ao meu fim.

sábado, 25 de julho de 2009

Mais

Senti-me diferente...
Estou aqui mais diferente, mais igual... mais feliz! Não me entendo.
Não mereço. Não sei o que faço em mim... O que se passa comigo? Porque me sinto assim?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Amor cego

Cabisbaixo, mergulho-me num sentimento perdido... perco-me no esquecido, mostro-me e desvalorizo-me. Diante teu retrato, acho-me em apartes, construídos numa parte esquecida e remota, no canto de uma vida, perdida... cheia de acções e ficções, de sonhos que nunca tive, de amor que nunca vivi, que não conheci, que não te conheci.
Olho-me num espelho, num lugar de vida... matéria morta, enterrada num esguio sentido de mim mesmo, empoeirando os desejos de outrora... esquecer é o verbo mais coerente.
Presencio em desejos os monstros de um armário, de um pesadeloso armário... meu macaco de sótão, perdido e triste, sem vontade de me ver. Avidado, sem noção de presente, presenteio-me com os melhores, destacando-me entre os piores, entre os retratos perdidos, nas molduras cabisbaixas e no canto, aparte da realidade, vivo uma ficção, um desejo que tudo volte ao que nunca foi. Amei, vivi, mas não conheci... sonhei ser visto, mas eu é que estava cego.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Conta-me a nossa vida

Ainda te cheiro, ainda te sinto… ainda existes em mim... renasce-se um sonho que se esvai, que vem... que me consome e extingue-se...
Contas-me pesadelos magníficos, em fadas expostos e cosidos com um doirado filamento, negro em esperança... sentindo um olhar que jazia ali... ao fundo da nossa rua.
Juntos, fortes... corações de emoções e fortes pensamentos... anjos e canções de outrora, relembram este amar, consomem os pensamentos meus e tudo o que nunca vivi. Cansado de viver, limito-me a vaguear, ecoo-me em ilusões e devaneios... ainda te procuro.
Premissas de vida... paciência e devoção, construtivo pesar de utopias envoltas num carregado desejo de me ter, de voltar à linha da frente, esperar-me na estação... de um comboio abandonado, esquecido, deambulando em linhas restritas... construídas para mim, carris... sonhos controlados, meu par, minha felicidade.
Construção de uma vida. Ouve-me... meu lamento, a mim... estou vivo... ainda te sinto, já não me minto, existo ainda em mim... e carrego-me até aos teus passos... sou mais que isto, sou eu... conta-me vida... como te recriaste, como me amaste... como nos fizemos... Conta-me.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Sorriso das estrelas

Como a lua cheia de Agosto, tão quente e carinhosa... salientes seus sonhos, envoltos num mágico corar de alegria e num gáudio de mil sonhos, em mil e uma noites se derrete... pura e amorosa.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Tristeza

Os sonhos também morrem, os deuses nem sempre nos querem o melhor.
Arde-nos e custa-nos, mas a dor... a dor.
Hoje infeliz.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A dor

Dores... cores escuras e dores. Desertos de sedes salgadas, de quentes precipícios, construídos sobre areias móveis, sonhos despedaçados... quimeras impossíveis. Dores.
Inquestionáveis impossibilidades, beijos vácuos em pesadelos ganhos, faltas e presenças esquecidas. Areal de pensamentos ocos que se mastigam revezadamente, bastante salgados, os doces tormentos. Gáudios desejos mortos em construções esquecidas, uma presença vácua, oca de beijos, atónica, negro e cores impossíveis... cores móveis de dores quentes, uma sede impossível. Matas-me. Despedaças-me. E ali, esquecido, no areal, escuro, entregue à dor.
Mataste-me em dores.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Meu fogo

Razões e razoáveis... quem saberá? E quando cerro os olhos... onde estás? De onde vens...
Sabes o que é isto? Concedes-me todos os meus desejos... não me acredites... preciso de ti por inteiro... consegues sentir-me? Não me acredites, ninguém precisa mais de ti que eu, quero-te por inteiro.
Só tu percorres minha mente, só tu preenches meu coração. Consegues sentir-me? Deixa-te de jogos, consome-me... sente o latejar do nosso coração... envenena-me de prazeres... consome-me... quero-te.
Meu fogo, minha paixão... anseio-te... completa-me.

domingo, 24 de maio de 2009

Sonho dos Deuses

Sonhar, voar, alcançar e gritar e construir… construir realidades, produtos de quimeras minhas… desejo construir sonhos a partir de verdades minhas…
Sonha-me. Ó deusa! Sonha-me!

sábado, 23 de maio de 2009

Pressão social

Uma pressão mais que social, mais que isto, aquilo que querem e os sonhos todos perdidos…
Num mundo de perdidos, esquecendo os tempos de cada um. Liberdades a prazo, prisões de vidas… crescendo para o nada, num esquecido quarto de fundo… encostado à pensativa vidraça, comento-me e questiono-te… penso-nos, possível?
Abraço-nos, apoiados num vazio. Sigo cavaleiro de uma guerra morta, pressionado a ti, constantemente invisível aos cheiros das cores audíveis… marco-me, marco-me em coloridos gentis de pesadelos visíveis, construo-me em cacos, premido a mim.
Beijo-me, massacro-me com dentes afiados, dentadas de desdém de quem já se desconsolou mais um dois segundos, mais que uns tristes dias… perdido sem ti, obrigado ao social.
Gasto as palavras e crescem sentimentos, renascidos de uma cinza clara e negra, gasto-te os pensamentos meus, preciso-me, entendes-me? Nascemos, morremos, renascemos e remorremos, será possível? Será infinito? Catastrófico, uns sonhos por ai inscritos… alivia-me, mostra-me… não te julgues, ama-me.
Pressionado a nós, encontro-me envidraçado por um pesadelo saboroso, em pecados me descubro, gentis os coloridos, brilhantes os olfactos… tacto vistoso, uma pressão bem mais que social, perdido num sonhos vivo…

sábado, 25 de abril de 2009

Apresento-me

Já fui gente, já cresci... bibliografei-me em sonhos e letras, agora, aqui, perante ti... morri, renasci e matei-me em medos... um suicídio subsidiado por desejos de gáudios extintos.
Moreno de devaneios mil, empoeirado por passados (des)esquecidos, eu ali parado numa erguida montanha de coisas minhas e nossas... coisas passadas e presentes prendidos a mim, presos a ti...
Castanhos, os corações em forma de olhar, cansados de mirar o que os pesadelos antevêem, vivos de cores mil, desvanecidas por uma neblina matinal, findando uma tarde, um por do sol num dia de chuva... castanho e ineficaz os filamentos escorridos, concorrendo com a brisa, indomável aos cheiros de uma torta corneta, embelezada pela cor de um sapato nocturno...
Esquisso, fino e magistral, esculpido à meia-luz, um corpo, sem alma, sem sentido de si... esguio, um desastre natural... estruturado do coração à cabeça por canais de letras e pensamentos inventados por um cordão, por uma batida irregular... arritmada, julgada e envernizada por um pó estrelar, uma super-nova de emoções e sentidos, para lá dos mil... mil e um centos de coisas, entulhadas num corpo... numa sombra de génio... um miúdo ser de sentimentos profundos...
Abrasivo e desconstrutivo, profundo num superficial muito desgastante... sozinho num mundo, junto ao outro mundo... apresento-me eu.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Não percebes

Não percebes… não entendes aquilo que sou, aquilo que quero ou aquilo que faço. Não atinges a meu ser, a mim mesmo, nem à minha pessoa. Tentas compreender-te, mas eu não sou versado, não me encontras, nunca me alcançaste e jamais me atingirás.
E com a força do ser que queres, mas não percebes: odeio-te.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Músicas trocadas

Ouço as músicas a passar por mim… reinvento-me e rescrevo-me… paro nos tempos vivos de um estudo. Vivo, presente em mim os sentidos de vidas perdidas. Intocável… inquebrável, os amores das letras, construindo não palavras, mas pesados sonhos encostados a uma vidraça perdendo saudades, ganhando a poeira de gerações…
Nunca é tarde de mais, apenas para os segundos que passam, para esses nunca se tem tempo, os esquecidos encontros que perdemos e misturam-se outras tantas palavras e construímos um barco de ferozes correntes, presos a um titânico medo, esquecemo-nos de amar… presos a nós destruímo-nos e aos outros também.
Ficando para o depois, esperamos esquecidos, como os pesadelos de uma grade, como prisioneiros de uma titânica rede, estilhaçando vidros… e assim param gerações empoeiradas nos pesadelos dos outros.
Esfolamo-nos, gastamo-nos em tempos já perdidos, arriscando menos que nada no agora, morrendo com os medos de outros tempos… procuras-me num passado e eu ainda sou presente. Aprende. Procuramos os nossos destinos no passado, mas só o presente desvendará o vindouro…
Apetece-me escrever de mim, mas as músicas… as músicas mentem-me.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Achei-me assim

Procurei-me sem ti, encontrei-te sem ti, achei-te sem nós e agora assim perco-me em mim. Escolhi-me viver, mais contente e mais… mais em mim, mais em nós.
Precisas-te de mim.
Gasto-me com felicidades, sinto-me eu, mais ainda, melhor ainda. Amo. E hoje sou bem mais. Agora vivo mais, amo mais, sei mais… e quero ainda mais.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Sonos utópicos

Encurtando mundos, escondendo-me em encontros secretos, abraço-me e a ti e mil e um segredos, vividos num tempo distante. Acordado, vendo-te sorrir num sono fundo e esquecido, longínquo o pensamento que te ostentava e me consumia as horas de pensar, que me matava esta sede de nós e de mim.
Contentava-me em perceber-me... e em mim se reflectia o luar dos teus sonos, os beijos dos teus olhos fechados... e cheiros de ardor percorriam os vácuos dos meus desejos e amávamo-nos acordados de olhos fechados para uma utopia distante.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Sentimentos

Três passos e tu… ali, esquecida na mesa do canto, enfiada numa caixa em sonhos perdida… entristecida por uma cor engraçada, sobressaltando de jubilo ao som de outros passos três.
Mais um beijo e eu, aqui, perdido num vácuo de pensamentos, encontrados dentro de mim, difusos dentro de ti, abraço-me e intenso-me, reflexo-me na minha própria imagem… branda em sentimentos árduos e complexos; certo o inconstante do que existes em mim. Mais dois devaneios e nós. Imaginados para amar, para criar o sentimento. Perdidos num tempo que se passou sem se pensar, viveu-se, reflexionou-se sobre um tenebroso antigo, pretérito de uma magoada utopia e em cheiros de rosas mil… desabrochou no leito de um brando termo.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Didacticamente

Obrigado.
Os meus mais sinceros agradecimentos pelas nossas aulas. A nossa Didáctica.

Família, numa noite à lareira...

Perfeição. Um destino par... um sonho meu... a minha história de amor.
Um cochicho numa noite esquecida, lembrada a par, colhendo os frutos de um sonho colhido no verde da vida, deixando amadurecer ao sol de um devaneio brilhante.
Uma lareira, aquecendo os nossos cobertores, abandonados num chão esfriado, corpos aquecendo-se, enrolados num cheiro, num sabor... num sabor feliz, numa noite, naquela noite em que somos possíveis, em que existimos unos, como uma família.
Este meu sonho, persegue-me e vive-me num futuro... talvez... será?

Intenso! Só para Homens

A continuação de um sonho... tornado realidade... é o desejo, és tu, desigual e diferente, presente, estanque num sentimento de si, que só a ti pertence… aquele que dá e devolve, que corre e pára para um até já pouco demorado...
És quem fica à distância de um corpúsculo de um momento, inesquecível inigualável, cada um se saboreia de maneira diferente... mais aveludado ou mais ameigado... mas sem dúvida tu, sempre tu mesmo, na versão alfa, beta, gama ou épsilon... mas um Carlos impecável, bom anfitrião dos seus sentimentos, dos seus momentos únicos e insaudáveis de bom gosto e boa disposição.
Um príncipe de rosa em punho... acicatando cada recanto do seu mundo, do meu mundo, do nosso mundo, rijo, mas moldável aos meneios delicados e com um suspiroso sentido de si... afeiçoa o ar à sua volta, tornando-o mais seu, vivendo...
E recordar-me-ei das calçadas infinitas, dos banhos de sentimentos... da Zara, das capas e dos à-vontades...

“A Biblioteca é toda minha... isto aqui é tudo meu Nencios!”


ps: Agora tira esse sorriso estúpido da cara... e não, não te estejas a perguntar “Porquê?”, naquele teu jeito próprio... nem digas: “Eu faço o que eu quero «ora essa»!

pps: post post scriptum, não é PS2, porque isso é uma consola de jogos. Era só para escrever CTF!