terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Batalhando mortes

E sem pensar muito… penso em ti e neste espaço de mil flechas que nos separa… um vácuo de sentimentos enturbilhado num sonho de outrora…

Constante o que se pensa em não pensar… saudades do que nunca tive e ânsia de repetir uma nova morte… e sonhos…

Contando dias em horas sem padrão, acrescentando segundo a segundo à infinita conta de vida… e quando tudo é tão simples, complicam-se os sentimentos e, travando pesadelosos pensamentos, consome-se mais um minuto, uma existência…

Piscando um olhar extinto, lacrimejando vivências esquecidas, entristecido em teu perdido beijo… sem batimento… num piscar de momentos que se vivem e morrem…

Mato-me e volto só para te ver… temendo por minha continuação…

E em paz, guerreio-me até ao fim!


Até à próxima =(

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Caixinha de areia

Minha vida é uma caixinha de areia, os meus sentimentos são os montes e calcos daquele território.
Os sonhos ficam para lá da minha arenosa vidinha...
Os sentimentos são todas aquelas conchinhas que consegues ver... meus amigos, meus grãos...
Minha vida, uma caixinha de areia onde castelo poderes que não tenho...
Minha vida um punhado de preciosas vivências... e em breve submerso e areado, só as memórias de uma criança que brincara ficam...


Até à próxima =)

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Meu marasmo

Num sobressalto cheiro a longa noite que insónia minha cabeça e ocupa meu rubro… A manha marca duas horas e o sono marca zero… Escorre água dos céus e minhas ilusões engolem a seco todo o seu sentimento…

Bateu aquela melancolia que nos obriga a pensar, aquele tipo de sentimento que nos apanha nas alturas mais criticas, quando os nossos sonhos se marasmam…

Sentimos de perto um fim de um ciclo a que nos pertencíamos e éramos intervenientes, como se deixássemos mais um mundo por mudar… sentimo-nos entristecidos com a vida e culpamo-la de tudo, quando na verdade é a nossa capacidade de seres superiores que nos trai, pois leva-nos ao futuro, (ou a planeá-lo) de uma maneira incoerente, mas aprazível.

Socamos o ar num momento de raiva e sem hesitar gotam-nos os olhos de tristeza e fúria.

Sabemos desde logo que nossa humanidade findou e toda a quimera envolta naquele sentimento antigo se esvai… e chora-se um rio de aflições e dessentidos de vida…

Pois custa penetrar na cabeça de quem decide por nós, custa mais ainda entranhar suas palavras de desfecho e quando sentimos isto… somos pesarosos e mais e mais pensamos… e tantos erros nos aparecem… uma vontade tão grande de gritar… e fugir, para um sem nome lugar… para aquele mundo que criamos… o tal que se desmoronou…

Com mais ou menos recalcamento posicionamos nossas mãos de novo na húmida arenosa areia e reconstruímos um palácio que desejamos maior ainda… sem pensar morre-se mais um pouco e vive-se mais um dia…

E os sonhos que nos comandam substituídos por pesadelosos encadeamentos de desgáudio, inalagria e decessão… em lágrimas lavada nossa areada alma, remata-se e morre-se num frio mundo distante e extinto de afectos.

Até à próxima =l

Deixa-me

Deixa-me esta noite
Viver em teus lençóis
Ser teu véu
Teu protector… meu sonho

Teu quente edredão
Teu doce pensamento
Teu corar de felicidade
Tuas lágrimas de amizade

Mata-me sonhos
Come-me pensamentos
Mordisca-me felicidade
Abraça-me ternura

Mas deixa-me teu
Um dia, uma noite
Mima-me de contentamento

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Devaneio desversado

Porque nem todos os devaneios versejam-se, nem todos sonhos se sonham pois às vezes pesadelam-se!
Quando olho para trás e vejo tanta borrada que fiz... começo a pensar porque as pessoas tanto dizem para nós não nos arrependermos do que fizemos, mas sim do que não fizemos? Quando me olho ao espelho e não vejo aquilo que quero ver... tenho este sentimento desde que me lembro de me conhecer... quando me olhei e pensei que fosse diferente... não sei o que esperava e ainda hoje não sei o que espero de mim mesmo, tão depressa queria mais como a seguir acho-me pouco, duvido-me muito e muitas vezes esqueço-me do que já quis ser...
Não me compreendo muitas vezes, sinto-me tão só no meio da minha multidão... Acho que me dou facilmente às pessoas confio muito e depois saio diminuído, acho que preciso de fazer algo mas não sei que achar...
Vivo confundido no mundo, quero tanto amar alguém, que esqueço-me de pensar no que realmente quero; e o que é mais incoerente é que sei disto tudo e mesmo assim contínuo na mesma... às vezes penso mesmo se merecia estar no lugar onde estou...
Sinto que tenho amigos, mas será que eles me conhecem? Será que me esforço demasiado pela sua amizade? É um tema muito dúbio, pois eles merecem meu esforço, mas será que foi por eu me esforçar por parecer quem não sou que eles me aceitaram?
Os versos de felicidade que proponho a mim mesmo... posso eu comprometer-me com tal coisa? Pois para mim a felicidade é um número par e sem paridade não posso ser feliz... Terei de me esforçar mais? Para ser algo que não sou e conquistar aquele "lugar ao sol" que queria?
Sou o primeiro crítico das minhas capacidades e o primeiro a elogia-las... mas se as elogio sou convencido, se as escondo sou modesto (ao ser modesto de mais as pessoas pensam um de dois pontos: ou sou tímido e retrógrado ou então sou convencido e espero elogios). É complicado ser-se quem se é...
Pois bem este meu devaneio explica-me, traduz-me; um ser complicado que complica talvez até o mais simples... Mas sou assim... Que posso eu fazer?

Quando penso se gosto realmente de alguém... não sei... mas tu és diferente, senti-te de maneira diferente, não é uma questão de te querer ver comigo... é o facto de achar que mereces ser feliz e pensar que talvez te possa proporcionar tal felicidade...

Será isto possível? Ou é apenas mais um devaneio meu? Alude-me por favor...

Até à próxima =l

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Eu, tu e o gigante

Olhei para o céu

Perguntei por meu amor

Um gigante apareceu

"Ajude-me meu senhor"


Fitando, sábio ficou

Enegrecido me senti

"Ama-a", perguntou

"Muito", respondi


Energias renovei
Gigante concretizou
No ar seu rosto achei
"Vai e vive", ele falou


Agora somos par
E seu lábio me busca
Adoro o mel do sei beijar

Toda ela me ofusca


Até à próxima =)

Meu amor confesso

Suave gesto
Doce anseio
Teu beijo quero
Teu fel receio

Molhas-me o olhar
Com tuas palavras
Dia-a-dia… amo-te
Mais e mais

Perante ti
Confesso tudo
Sinto isto
Dói ficar só

Agora aqui só para ti
Coloco estas letras
Este sentimento
A minha vida

Sei que me rejeitarás
Mas é melhor assim
Eu aqui, tu aí
A paixão, essa não tem fim

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Aí vem ela

Aí vem ela

Seu feitiço espalha

Cada recanto

Faz com que eu caia

Infestado de amor


Tão doentio

Parece um "para sempre"

Estou demais perdido

Obcecado e fraco

Frágil de afecto


Só penso em ti

Enlouqueço, já nem durmo

Já não vivo

Só tu me podes salvar

Com esse teu mel


Teu toque deixa-me…

Deixa-me para lá

Lá disto

Para um infinito

Onde só tu és finita


Que o divino me ajude

Dê a coragem

De te enfrentar


Propor-te um café

Uma tarde

Uma vida

Até à próxima =)

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Deixa-me admirar-te

Deixo-te adiantar

Para te puder ver

Só para te puder te admirar

O teu som discreto

Diz o fundamental


Que posso dizer…

Estou errante

Extraviado por ti

Tudo o que tu fazes

É meramente irrepreensível


Vives num universo à parte

Onde seres como eu

Só te podem contemplar

Onde és rainha e senhora

Dona do lance


Mundo de perfeição e utopia

Onde tu incomparável

És diva altissima

Até à próxima =)

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Resplandecente

Completo teu ser cintila
Desde o mais minguado meneio
O agitado doirado
Teu deliciado bocejar

Toda tu resplandeces
Tu respiras a vida

Sento-me a mirar-te
Podia faze-lo durante anos
Embalado de te ver
Estarrecido por cada gesto

Mostra-me a tua mão
Um aceno teu

Assim passo mais um dia
Incondicionalmente feliz
Afortunado por te ver
Por comutar algo contigo
Esse teu meloso olhar
Até à próxima =)

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Fala-me...

Inspiras-me…
Remexes os sentimentos
Dás que pensar
Um estudo exaustivo


Uma doce presença
Num triste tempo
Chove… mas tu brilhas
Sacudindo o dourado
Esse teu cabelo…


Espalhar a magia
Vives singela


Platónico…
Uma cegueira
Fala-me
Pergunta-me coisas


Potente e graciosa
Permanentemente tu


Ensina-me a ser...
Ter esse teu charme
O teu puder supremo
Desde a princípio ao enlutar


Eu preciso-te
Em minha existência

Até à próxima =)