sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Distância

A distância jamais terá argumentos para me separar… para me afastar da pessoa que sou… dos meus meneios mais delicados, do meu sangue mais vampiresco… dos desejos e da alma que me torna real… do que eu sempre fugi…
Os contornos são os mais plurais possíveis e tornam-nos mais aproximados… mas de regresso a casa, buscamo-nos em nós… realçam-se os traços de um duo perfeito, de um par construído para si mesmo… e as solidões regressam à regressão de um momento simples e puro… os ases de regresso a um embaralhado habitat, cheio de esperança e de felicidade.
E mais uma vida esperaria, só para te poder voltar a ver sorrir… a predilecção dos audaciosos beijos, deixam-me navegando num mar calmo… livre de apatia… sempre nos apanágios de um sempre… e as desventuras de um passado, saboreiam-se no presente que se quer futurar…
A distância não pode ignorar os meus sentimentos e esses nunca se afastaram de ti.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

"Eu também..."

Longe, afastado dos meus dias... carrego-e pelas ruas descalças, despidas de almas já extintas e centos de saudade. Embrulho-me no emaranhado de gentes... intrinco-me sem esperança de coisa alguma. Teu aroma ainda espreita nas minhas vestes, nos meus achados... perco-me sem ti, reinvento-me em desejos dos beijos... do que não há aqui... onde só, te anseio...
A saudade aperta o necessidade de conviver... de te sentir, em doces olhares, cheios de futuro... achados em amor e uma bruma sempre brilhante, sempre tua.
agora as memórias de um esculpido céu, enfeitado por cores mil, reluzentes em teus olhos... numa festa, num devaneio real... uma utopia perfeita... e os ecos de tuas palavras ainda habitam meu coração: "Eu também, eu também..."

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Eterno

Um para sempre… uma simpatia, uma cumplicidade invejável… corpos sem intrigas, sonhos presentes, restringindo-se ao sentimento… sem pensamentos vagos e antologias de mil sonhos… uma paixão guardada numa caixa… num caminho uno e… presentes pensamentos e sentimentos de recolha… e tudo começara numa tentativa esquecida… no reencontro perdido… num abraço amargo, nos copos de vinho… e entre o eterno e o passivo, centos de distâncias e num olhar, a transformação completa…

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Clichés

Os trechos de paixão preenchem o vazio de tua ausência... os romanceados beijos atestam o certo sentido, os sentimentos mais altos e mais certos. Os olhos que se amontoam de passados indígenas, pedem tua visão... obrigam-me a ter-te no meu alcance... e as letras que deambulam na minha cabeça, rasgam as folhas e desejos e saudades.
Os reencontros tornam-se simpáticos bons dias e a tua presença afecta-me a índole... sem pensar, penso em ti... sem querer amo-te e ao querer demonstrar descaem-me as palavras mais acentuadas, produzem-se as frases mais conhecidas, que o coração não sabe negar...
Rumamos os dois, num afastar de proximidade, que nos prega a um chão junto e compacto... que carregamos desde um passado inacabado... que quero consolidar neste presente... para um sempre futuro.
Palavras repetidas, na esperança de serem escutadas... por ti, meu amor.