segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

O novo ano

São 22:33 e sei que a minha passagem vai ser em casa… muda o ano e depois? Um novo dígito? Eu já cá estava de 1997 para 1998… já vivi isso de setes para oitos… não me fascina… que fazer… bom sabendo que estou sozinho podia fazer qualquer coisa… ideias não me faltam… falta talvez vontade? Bom talvez seja a vontade… a vontade de não estar aqui… de poder estar com alguém… alguém que me faça bem… a quem eu faça bem…
Reset? Reiniciar uma nova vida… bom… talvez não seja a solução… mas entristece-me o facto de não repetir a passagem do ano anterior…
Desejos… bom… algo desejamos todos, para a além da nossa saúde e a dos que nos estão próximos, existe sempre algo de mais pessoal; a titulo de exemplo que a Internet não morra, pois eu tenho muito para lhe contar… esta capacidade de me ausentar de mim… que me ajudou ao longo deste ultimo ano…
Um pouco mais de juízo, também é preciso, o discernimento na altura das decisões, tomando-as de acordo com o coração, tendo por base não só a razão.
Um pouco mais de humildade, visto que não sou mais por isto ou por aquilo, o que nos torna grandes será talvez a nossa percepção de quão pequenos somos nesta aldeia global.
Talvez seja contra-senso mas quero continuar a ser bom, nas coisas que sou bom e melhorar nas coisas que sou mau!
Queria que alguém muito especial entrasse na universidade… não faltará muito…
O meu planeamento jardinesco! Quero-o concluído este ano!
E por ultimo, ser feliz, todos queremos… não é que não seja, por vezes sou feliz, mas queria aquela felicidade que… aparece nas músicas…
Quero começar por perceber para que existo realmente, se sirvo para estar aqui… entender-me, ter paz de espírito, conhecer-me melhor, para me tornar uma melhor pessoa… para poder ser uma melhor pessoa para quem gosta de mim e sobretudo… para quem me ama. Quero fazer feliz quem realmente sei fazer feliz.

Peço desculpa por todos os meus erros este ano, que não foram poucos (odeio-me quando penso nisto), às vezes custa tanto percebemo-nos… se tiver que errar, quero errar em coisas que só me afectem a mim.

22:52, o relógio não pára.

domingo, 30 de dezembro de 2007

Dúvidas e erros...

Choro, por muito que não custe, choro, choro-me e choro-te… porque sou assim? Cada segundo, cada palavra tua que me lembro… sinto… custa… porquê? Porque custa tanto quando se gosta, porque se inventa e se tenta mil e um caminhos menos o verdadeiro… e o teu cheiro… e ainda te sinto nas minhas roupas… porque me tento esconder? Porque dou aos outros aquilo que quero que tu recebas?
E hoje só te procurei de longe… só rodeei de longe, só te senti de longe… eu te observo se mais ninguém olhar para ti… mas o medo invade-me… quero-te, mas não me quero… e só brilhas quando queres… e sempre teu enviei-me em trilhos perdidos, sozinho, abandonado ao sentimento de alguém… e só te queria feliz, só me queria feliz… e eu faria tudo por ti… e eu não faria nada por mim… e eu não sei… e já me esqueci de respirar, respirar por ti… sentindo-te… e eu dava-te tudo… e eu só peço o mundo… e o mundo não me chega, porque eu só te quero a ti.
Erros e dúvidas, tristezas… enganos e a minha morte… gasto-me para te esquecer e o que eu quero é lembrar-te e amar-te… e de longe te senti… e hoje, de longe, te senti…

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

O trilho

O muito que precisamos é sempre mais do que o pouco que temos para dar. Vou estar sempre à espera, vou estar sempre ali no virar naquela nossa esquina, perto da maquina dos sonhos, de costas voltadas para o abismo, pois estarei sempre para te mostrar o caminho, o nosso caminho, aquele trilho de emoções que criei para nós; encostado a esta realidade cavei toda aquela direcção de felicidade, com o suor da loucura e da fantasia, busquei em ti mil sonhos reais… a verdade é incompreensível, não sonhável, apenas vivida por mim, por nós… no nosso trilho, o nosso caminho.
E vou estar sempre à espera de ter muito para te dar, inumano… ter mais que a realidade, só para ti, só para que percebas que é só para ti… sem “s's” sem plurais, só um plural… nós… cores e muitas cores pintando este quadro, onde te pertenço a ti.
Não consigo… é difícil veres-te-me em ti...

domingo, 23 de dezembro de 2007

Arco de vento

Trais-me as palavras
Acariciadas por meu pincel
Escrevo sonhos que me travas
Sentidos por este papel

Fingi perante anos longos
Aquilo que hoje sinto
Um rodopio de vida
Embelezada por ti

Mágoa do passado
Se ausenta do presente
Tu razão de vinda
Vento de meu moinho

Doce frenesi ocasional
Vejo uma íris
Flecha de utopia
Que atingiu seu caçador

Sem notar amplio-me
Aumento o coração
Esperando minha musa
Tocado por seu doce aroma

Mel viajante
Manjar de sonhos
Sustento de deuses
Rubra Afrodite minha

Simples e real

Simplicidade, todo eu sou simples… complico-me de tão simples que vejo o mundo, escondo-me de tão sério que me sinto…
Sou triste, por vezes entristeço-me pelo que me faço passar, aquilo que me baixo para alguém ficar por cima… a minha simplicidade obriga-me a isto… um sentimento de sensatez que tenho para comigo, mas como se não sei o que é ser sensato?
E simples? Serei eu simples? Uma simples dúvida que não sei responder… serei algo mais que simples? E se eu quiser ser mesmo simples? É fácil basta não pensar… não custa pensar nisso… custa sê-lo.
Considero-me calmo, alegre numa alegria que me caminha os passos que dás, que eu dou, que nós damos e sinto-me bem e sinto-me tão bem, tão como nunca me senti… e todos os desenlaces da minha imaginação vão dar a ti… sem querer as palavras consomem-me e acabam em ti…
Poderia terminar dizendo que a simplicidade és tu, mas és tão-somente muito mais do que isso e no fim tudo se resume ao infinito, ao extremo da realidade…

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Eu

Mútuo, um sentido único que se forma em mim… um sentimento de sonhar em mim… pensar em mim e ser eu… sou eu.
Penso em tudo o que fiz e na minha completa ausência, ainda me massacro e me desgasto pensando nisso… no mal que fiz a mim, mas sobretudo aos outros… perdi-me… escondi-me em algo que eu queria que existisse… tornei-me tudo aquilo que repudiava… tão ausente… tão obtuso, tornei-me… e as desculpas que se pedem, não merecem ser ouvidas, porque nem eu as sabia dar…
Vergonha de mim mesmo… como pude ser assim… tão afastado… Carência de algo que não se pode comprar… daquele sonho em que vivia… e ainda choro, ainda me entristeço de pensar o que fiz…
Eu não sou assim… e perdi-me e perdi. Uma desculpa, que sem sabor se dá e com ódio não se aceita.

Mas hoje, não me reencontro… nasci… um novo ser, que não existia… já não é só um sonho, é bem mais que um desejo… e a minha realidade é outra, amo-a.
Entendo as saudades, entendo os desejos… simplesmente, olho-a com sonhos que são realidades… uma enorme vontade de me abraçar e congelar-me naquele momento… preso a um sentimento que ultrapassa as palavras, que belisca a minha capacidade de entender-me, amo a minha realidade.

Perdão, mas tudo o que queria não o teria no passado.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Pura felicidade

Não é uma declaração de amor, mas sim um apanhado do que vai dentro de mim…
Sinto-te tão próxima que nem sei… penso em ti dia e noite, com medo de te magoar, às vezes te magoo, mas sem essa intenção… posso parecer por vezes distante, mas estou sempre presente… hoje senti que me amas, mais do que alguém me amou, senti que talvez não saiba demonstrar aquilo que vales e que mereces…
Amor, é uma palavra muito vaga… existe uma vontade muito grande de te ter, ver, tocar, sentir, uma confusão de sentimentos e uma frenesi de sensações que culminam em ti, quando te vejo, quando me dás essa tua segurança e me deixas ser teu. Tenho vontade de ti, talvez tenha tanto medo de te perder, que não consigo demonstrar da melhor forma, mas prometo que tentarei mudar, apesar do “dom”, tenho muita falta de auto-confiança… se pudesses ver tudo aquilo em que penso… sejam 2:00, seja até ás 4:00 a falarmos… só tenho a ti cá dentro deste teu/meu coração.
Amar-te sabe a pouco, é um desejo tão grande de sermos um… as palavras parece que se esgotam… espero saber demonstra-lo.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

As nuvens da loucura

Para lá das nuvens da loucura
Para mais de um sentimento feliz
Perto de um sonho perdido
Numa realidade inimaginável
Escondida em teu ser

Ousadia de felicidade
Uma vivência sem par
Sonho meu, minha vaidade

E por detrás de um sonho
Esconde-se tal magia
Aquele sentimento maior que a vida
Mais sonhada que um sonho
Presente e ausente, minha alegria

E quando teu cheiro
Queima minha saudade
Imagino-me tão perto
Minha princesa
Minha deusa
Minha realidade.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Um ano, uma estrela.

Uma estrela, no meu passeio de casa... cadente, um traço puro de alegria, uma extrema felicidade... um desejo... O meu desejo... o meu sonho, pedi... não sei se acredito muito "nisto" dos desejos... mas eu vi... existiu para mim naquele segundo... aquele traço mágico.
Coincidência? Um ano, um novo ciclo... um ano de letras e devaneios...
Meu sonho agora é uma realidade... saber vive-lo é que tem a sua sabedoria... a minha sabedoria, pois o sonho é meu, é a minha realidade. Quero-a assim.
E a estrela sorriu-me e eu senti-a em mim... o meu sonho é a minha realidade, diante de mim... e eu quero-a assim e assim sou feliz.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Açúcar

Teu ser emane felicidade
Cobre meu sonho
Meu desejo, minha fantasia
Ocupa-me em teu coração

Em tudo te vejo
Fecho-os e mergulho-te
Sinto-te colorida
Guarda-me em ti

Teu carinho atropela-me
Aguardo um mar de beijos
Meu sonho espera-me
Acorda comigo

Vive-me perto
Quebra esta fita
Encontra-me para lá
Transcendo-o comigo

Não peço mais
Fica a meu lado
Come meu coração
Meu açúcar, Ama-me

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Oco de palavras

Quando o tento dizer perco-me… perco-me em ti e escolho-me diferente para ti… porque não sei usar as palavras certas, pois não existem palavras certas… simplesmente não existem palavras, pois és superior ao mundano e ao sonhado, como um bater de asas voando ao infinito da vida, da magia, da felicidade, do amor… e um vácuo de palavras vem… e só tu preenches-me.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Os meus sonhos não cabem no teu mundo...

Um sonho de uma vida diferente… um medo desmedido por ousar felicidade, o recalcamento das acções… que voa na imaginação de quem sente… quem ousa sonhar felicidade… mas estes sonhos que te conto, não cabem nas palavras… vivem-se apenas na minha imaginação e tu não os acompanhas, pois são meus… vivo-os ao longe, depois do luar… nas quimeras nocturnas… os meus sonhos não cabem neste teu mundo…

domingo, 25 de novembro de 2007

Aqui sonho

Perco a conta às sensações, aos estoiros de vida às nossas emoções e por vezes o que julgamos banal... é só a coisa mais bela do mundo...
Derrame de uma pintura feliz, que corre por nós a baixo e transporta-nos para a dimensão mais real do sonho… a irrealidade, uma quimera imensa transbordando de magia pouco mágica, mas sentida nos pensamentos de quem se devaneia, quem se esconde a pensar em ser feliz… porque existe gente que ainda ousa algo de bom…
A felicidade não é só um anúncio, a felicidade existe… para aqueles que não se abotoam ao passado na ânsia de inovar o futuro…
E o mundo corre, rápido, voltando-se a si mesmo, correndo no tempo parado para este meu sonho… aqui estou… continuo… vivo aqui para mim e sonho com tudo isto… penso e cavo aqui mais um pouco, trilho esse sonho, essa estrada… aqui, a descoberto das tempestades, contra meus pesadelos… e aqui eu sonho.

sábado, 17 de novembro de 2007

Só tu...

Agarrado ás boas recordações
Num leito de felicidade
Vendo te chegar radiante
Alegremente te sinto

Na noite solitária
Fico na pensativa janela
Sonhando um eu e tu
Naquele quadro de amor pintado

Só tu… Amorosa
Dona de minha vida
Doce e gostosa

Pergunto ao céu
Realidade ou imaginação?
A certeza és tu, anjo meu

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Viver-me mais

Eu vou alcançar-me… vou chegar-me e sentir-me… sonhar-me e pintar-me de cor e alegria e ser mais eu… pois sem mim não sou como quero ser. Viver-me... compensar os sonhos falhados com amor e alegria. Salta-te, fora de ti e sonha para mim, faz-me teu e sonha-me de novo. Trata-me e cuida-me… para poder alimentar-me em teus devaneios.
Sorrisos e cores mágicas… vem daí, vem viver-me mais…

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Depressão

Como se descreve uma depressão... como sei se estou deprimido... eu hoje sinto-me deprimido... mas não sei se estou... quem me diz que é estar deprimido? Será apenas tristeza? Hoje é um daqueles dias em que nada é está certo... onde todos estão contra nós... e nós temos as certezas das coisas... parece que tiraram o dia para chatear... Um dia onde até as palavras tiraram férias... onde esboço sorrisos de... de palavras ocas, as que me faltam na descrição... melancolicamente penso em mim e perco-me em mim... onde me choro e me mato, vagueio-me e perco-me. Penso e dói... e corro e fujo e paro e penso e dói... e volta tudo...
Deprimido e sozinho... abandonado à sorte de cada azar, de cada porta, cada pesadelo de vida que me mata e me consome a alma e os sabores e os cheiros e tudo o que já não tive e aquilo que já perdi e onde não sei se estou e corro e fujo e paro na dor... uma auto-flagelação de cores e visões atrozes...
Corroído meu sonho, encontro-me deprimido… mais um dia esquisito…

domingo, 16 de setembro de 2007

A Balada...

De partida para mais um ano... A balada de meus sonhos... todos aqueles pesadelos dos passados ainda presentes, mas a certeza de um futuro diferente e mais estável... algo que me posso agarrar. Uma relação de pura entrega... algo inexperimentado antes, mais que um sonho, uma realidade, testada aos limites da loucura e do sentimento...

Pois no abrasar de uma nova realidade afira todas aquelas palavras outrora ditas e sentidas.

Sei que sabes que sim, a balada é tão-somente mais uma razão de te provar e saborear o doce regresso em mil pétalas descansado...

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Eu assim sem ti, sou só, triste e cego

Eu...
Sombreado de pesadelos
Sonhos dum desreal
Tenso e extenso

Assim...
Como no prato sujo
Trinco o céu esperançoso
Na incerteza dum fado

Sem ti...
Aqui perto de mim
Na minha estrada
Nos meus sonhos perdidos

Sou...
Convergente de tristeza
Tão diferente como o igual
Inalegre assim...

...
Constringido ao nada
Abraçado ao vácuo
Pestanejando água

Triste...
Vida de um salvador
Sem gente salvar
Num até sempre

Cego...
Por um amor
Uma inexistência de vida
Uma amarga teimosia

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Como uma estrela

"Hei! Olha lá para o céu... tem tantas estrelas. Vá escolhe uma e pede um desejo... vá pede um desejo...
Um desejo? Se ainda me desses uma estrela..."


Como uma estrela, que só brilha quando quer
Promete estrela, vais sorrir se eu não estiver
Sempre por perto, que é certo que nem tudo dura
Mas a estrela mais brilhante brilha na noite mais escura

Como uma estrela, que só brilha quando quer
Promete estrela, vais sorrir se eu não estiver
Sempre por perto, que é certo que nem tudo dura
Mas uma estrela brilhante brilha em qualquer noite escura

Olha pró céu e escolhe a estrela mais brilhante
Pede um desejo que eu peço o meu num instante
Eu quero tudo uma palavra, o gesto que eu imagino
Num momento em que consigo mostrar quanto valorizo o teu brilho
Peço a coragem p‘ra dizer de forma que percebas
Qu’é pelo brilho e p’ra que brilhes sem que te esqueças
Enquanto te observo se mais ninguém olhar p’ra ti
Eu espero que a noite caia só p’ra te ver brilhar p’ra mim
Sem os afectos que o teu mundo ainda te nega
Eu sinto obrigação de te mostrar que vale a pena
Brilhar por um sorriso, pela coisa mais pequena
Seja quando já estás bem ou quando choras num telefonema
Que eu acredito no teu brilho e em tudo o que fazes
Eu só te tento motivar a brilhar sem que te apagues
Só quero isso mesmo quando tu te vais
Porque eu acredito e sei que consegues brilhar ainda mais

Como uma estrela, que só brilha quando quer
Promete estrela, vais sorrir se eu não estiver
Sempre por perto, que é certo que nem tudo dura
Mas a estrela mais brilhante brilha na noite mais escura

Como uma estrela, que só brilha quando quer
Promete estrela, vais sorrir se eu não estiver
Sempre por perto, que é certo que nem tudo dura
Mas uma estrela brilhante brilha em qualquer noite escura


Se consegues ver o brilho que te trás a melodia
Vês um suspiro num esforço que o meu rosto evidencia
Que não desiste porque não é por receber ou dar
É reconhecer a estrela que o mundo não vê brilhar
E o sacrifício fez-me ditar mal sentenças
Que só queria que tu visses que vales mais do que tu pensas
Eu não quero que brilhes num coração de porta fechada
Só porque as estrelas do céu a mim já não me dizem nada
Tu és a estrela que eu mais gosto de ver brilhar
Eu confesso que admiro o teu brilho ou te valorizar
Eu só quero que brilhes, eu só quero que fiques
Feliz sem que tu retribuas ou justifiques
Que saibas que quem te ajuda, conforta e se preocupa
Não quer nada em troca ou colocar-te em posição de culpa
Não deves nada e não posso ser mais sincero
Quando digo que o sorriso no teu rosto é tudo o que eu quero
E a promessa que sorrirás toda a vida
Mesmo que o tempo me leve um momento de despedida
Como uma estrela que mesmo depois de extinta
Ainda brilha no céu negro de uma noite limpa
Nos ilumina quando o escuro nos mete medo
Que nos fascina por saber que ali vive um segredo
E quando o sol se põe tudo parece mais fácil
No escuro o teu brilho faz te parecer menos frágil
Por isso brilha… brilha como nunca agora
Não tenhas medo de poder brilhar pela noite fora
Se isto não faz sentido também não faz o que tu dizes
Que tu gostas das estrelas e elas nem sabem que existes

Como uma estrela, que só brilha quando quer
Promete estrela, vais sorrir se eu não estiver
Sempre por perto, que é certo que nem tudo dura
Mas a estrela mais brilhante brilha na noite mais escura

Como uma estrela, que só brilha quando quer
Promete estrela, vais sorrir se eu não estiver
Sempre por perto, que é certo que nem tudo dura
Mas uma estrela brilhante brilha em qualquer noite escura

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Sonho meu:

Vagueando num delírio
Na perfeição de um pesadelo
Quão triste… tão medonho
Alegre, feliz e belo

Buscando o que não tenho
O real perfeito
Num sonho procuro
Uma vida de sonho

Embalado pelo amor
Fecho os olhos no medo
Abre-se assim sonho meu
Dois céus, duas almas, um mel…

Gasto anos no escuro
A imaginar a luz
O brilho de tua alma
Queimante de minha quimera

Vácuo de tristeza
Cintilante de magia
Tudo se tem, tudo se ganha
Neste mundo de fantasia

Mas tudo não passa disso…
Um sonho, um areal
Com o piscar dos tristes
Enfraquece-se a alma

Só tu me fazes viver
O meu sonho real
A alegria de te ver
Sonho meu: meu bem, meu mal…

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Sem apanágios

Sem apanágios
Recolhendo imagens
Escondendo mil sonhos
No tremor dos pesadelos

Sentado num lago
Apaixonado pela água
Correndo os montes
Morto e vivo

Colhendo amores
Inventando mil fogos
Numa ilusão perdida…
A cadencia de meu ser

E seu destino macabro
Tragiando o presente
De quem sonha e sente
Um futuro tão passado.

domingo, 15 de julho de 2007

Ainda continuo meu dono

Não percebo porque as pessoas se tratam com uma distância tão grande, apesar de "se gostarem" tanto… esta nova forma de se dizer as coisas e tratar os sentimentos, ridiculariza quem trata com carinho as palavras. Num mundo onde todos são cúmplices do mesmo mal, todos se rescrevem e plagiam, pois a verdade essa não existe…

Na minha aldeia as pessoas não se tratavam assim… mas por breves instantes nova gente apareceu e fez dela uma pequena vila, onde já não existia aquela afinidade, mas dentro do meu bairro… sempre contente e grandioso na sua pequena insignificância… Brevemente o meu bairro se tornou a minha aldeia e aquela pequena vila enfeitou-se para a chegada de meu novo ser, encostou-se à realidade, recebendo foral de alegria e de grande compostura…
O seu centro, sem saúde aparente, era redondo e entristecido por uma contente multidão… dentro de mim, renascia uma rua, cheia de tormentas e paredes grosseiras, se fez um bairro de simpatia e apaziguamento… A minha pequena cidade, agora grande metrópole recebera um novo “ele”, aperaltado para tal ocorrência, perdi-me na minha pequena rua… e “ele” passou a voz… e nós ficamos na nossa casa, sozinhos dentro de nós mesmos… despertos para a confusão que se criara à volta da sua voz…
Porque a minha rua era muito extensa a metrópole passou a estado e a condado… e país e continente… no fundo este é o meu mundo.

Continuo sem perceber porque as pessoas se tratam com uma indiferença tal, apesar de "se quererem" muito… esta nova forma de se falar as coisas e cuidar a índole, satiriza quem trata com afecto as palavras. Num universo onde todos são coniventes de idêntico erro, qualquer um se rescritura e copia, pois a verdade continua na minha posse…

segunda-feira, 9 de julho de 2007

A verdade

Os sonhos só eu os vivo, porque só eu os sei viver, pois eu é que os monto e desmonto… sonho-me e sonho-te, ainda vejo mil cores e vejo claramente o negro de minha alma… sento-me à beira de meu pensar e encostado a mim mesmo choro-me por mim…
A constante sou eu que a determino, sou eu que a moldo e conto comigo mesmo para a moldar, em sonhos penso-me constante longe de mim, tão perto de ti…
Só eu sei controlar-me, só eu sei viver-me… sentir-me, corrigir-me e matar-me de novo no inicio de tudo… e fujo e volto a fugir… mas de mim não saio até te atingir…
A verdade? Só eu a sei, porque só eu a vivo, porque só eu a digo...

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Grade me!

Sinto falta da escola... que alguém me avalie... os prazos, a correria dos testes... apresentações... as avaliações...

Please somebody GRADE ME!

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Meu passado

Nasceu um dia um sonho. Uma realidade que desconhecia, o prazer de ser amado. Uma realidade que me jogou em teus braços, um sonho tardiamente pesadelado, num fundo poço sem retorno possível. Mil e uma juras de coisa nenhuma, sonhos esquecidos. Culpo-me, todos os dias, por tal erro meu. O que perdi, o que ganhei, mas sobretudo o que nunca tive, nem nunca poderei voltar a ter. O meu sonho, o meu mar… abdicado por um capricho, por mais uns dias… O sonho de um dia ser feliz, que se perdeu por ti. Por me quereres para ti, pela tua felicidade, não a minha.
E agora feliz em minha vida, trespassado pelo ardor da perda, perdi-me em silêncios e escutas ofuscas em juras falsas. O espaço separou-te e tu não aturaste a minha felicidade.
Sofri… chorei… morri talvez… mas com a dor nasce a força e em força me fiz mais eu… lutador e sonhador, de novo livre de choro… As afeições renasceram e o afastamento e a castidade morreram quando percebi, que já não te amo a ti.
Sentia apenas aquela falta de amor… mas ensinaste-me uma coisa belíssima, ninguém ama por fora, amam-se por dentro. Por fora um dia morreremos, mas o que está cá dentro há-de viver sempre… os nossos ideais hão-de gastar-se nas memórias de cada um dos que tocamos, eu aprendi, graças a ti a perceber que é preciso primeiro gostar de nós para gostar de alguém.
Amei-te quando me ensinaste a gostar de mim pelo que sou, pelo que sei fazer, não pelo que podia ou se… mas a realidade é que eu sempre aceitei tudo o que disseste e estaria mentindo se dissesse que eras ideal para mim. Confuso e sozinho parti para esta viagem a dois. Sozinho subi ao alto, arrisquei e sozinho consegui os meus ultrapassei os meus objectivos.
A ironia fez de mim a pessoa neste momento mais feliz. A coincidência de três meses depois, mostrar alguém que eu vejo como alguém que quis amar, alguém que demorei três penosos meses a entender. Alguém que eu me tinha esquecido. E agora, longe de ti, sinto um pesar, por não te ajudar como te ajudava, não te amparar… pois que me ama, me ampara e é grande o suficiente para se amparar, é alta o suficiente para a amar, existe e faz-me feliz.
“Amar-te-ei e sempre” de uma maneira especial, que se ama uma amiga, talvez a minha melhor amiga, que sabe toda a minha vida, a quem contei toda a minha vida, mas que sempre me desconfiou. Tenho pena, mas ao mesmo tempo te odeio pelo que hoje não sou e agradeço-te pelo que hoje sou.
A minha felicidade hoje foi construída com os erros do passado.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Perfeita

Na palma de um desejo
Anseio-te aqui

Em mim sonhos
Penso-te minha

Agarro-me à saudade
Prendo-me nas lembranças
E espero-te…

Perfeita…
E em mil quadros de desejos
Pinto-te...

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Teu

'Cause i love you...

Num instante o céu
E cá tão perto
Glamuroso e áureo

Tão certo esse amor
Num sonho real
Constante e alegre

Flores e cores
Um jardim de vida
Afecto e fantasia

E de repente tão teu
Tão seguro e sereno
Apaziguado e feliz

Ainda te lembras?

Ainda te lembras
Daquela dia em que te escrevi
Do acampamento e do chá
Da primeira vez em que te sorri

Ainda te lembras
Da promessa que te fiz
Dos sonhos que construímos
Quando me arrepiei por te ver

Ainda te lembras
Quando derramei
Todo o meu interior
Fugi contigo e sonhei

Ainda te lembras
Quando nós éramos assim
Tu a esconderes…
E eu atrás de ti

Eu tenho bem presente
Os tempos onde era criança
Onde o beijo era uma ciência
Onde tu eras tudo para mim

Chegou a hora do adeus
Até depois meu par
E louvar aos céus

Pedir a Deus para te guardar

terça-feira, 22 de maio de 2007

Linha do Comboio

Que o tempo é curto, todos sabemos, o que geralmente não sabemos é o que fazer com o pouco que temos... Muitos procuram a diversão e a alegria momentânea, arrastam-se na noite em busca de sentimentos vagos... procuram-se e sempre sem se tocar, acham-se, crescem-se e morrem-se naquela noite.
Pensei diferente, procurei sonhar mais… ousei entrar no teu mundo. Então, uma dança de mil véus, tomara conta de mim, tocada e cantada a duas vozes, aquela música interminável, um bailado de sensações que me consome a alma e me mata o desejo.
Um sonho, aquele que ousamos viver sem medo de olhar para traz, que as utopias do passado empreenderam ao longo do tempo, mas sempre tinha ficado lá atrás, no pensamento...
Os pensamentos voaram... o meu vácuo de ideias preencheu-se de sonhos e conquistas...
E eu criei uma nova vida, uma nova entidade, em conjunto com quem amo parti para um estado diferente.

E com um atravessar da linha, passei de uno para nós.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

O Amor

Escrevo…
De maneira infinita
Acariciado por tuas letras

Versejo meus sentimentos
Neste sonho que tenho
Um prendado amor

Nutrido por tua essência
No aroma de tua fala
No menear de teus lábios

O amor que recíproco
Tornado de realidade
Humano rodopio de afecto

Alegremente pensado
Para um futuro conjunto
Fundeado em meu rubro

Gordo pelo termo da vida
Superior à escrita…
Sentida… o Amor

domingo, 13 de maio de 2007

Viagem

Como uma viagem
De um sonho que enche
Que mastiga a alma
Consome-me…
E alimenta-se de ti

Uma viagem para dois
Um sonho de nós
Desertos e felizes…

E quando penso…
A saudade vem
E abate-se sobre mim
Uma solidão imensa

Minha princesa…
Tão distante…
Mas tão presente…

E continua…
Minha viagem
Até ti…

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Conhece-me...

Tão quente e melosa
Acredito que um dia
Possamos ter-nos
Como a luz de uma estrela

Deixa dar-me-te
Repara que sou eu
Conhece aquele
Que se enruga nos poemas

Calmo e simples
Vivo neste silêncio
E não suporto mais
Quero clamar-te

Doa-me um brilho
Traz-me esse mirar
As coisas que falo
Em ti sublimem

Constrinjo-me a ti
Quando te prenuncio
Tremulo de olhar
Beijo o ar esperançoso

terça-feira, 8 de maio de 2007

Sonho II

Para uma amiga especial:

Sonho que tenho
Reflicto e não sei
Tão longe, tão disperso

Sonho de um dia
Pensei em ti
Eras lá

Sonho que senti
Quase um toque
Estavas perto

Sonho que te toquei
Próxima e amorosa
Via-te aqui

Sonho que beijei
Atingi minha quimera
Consegui-te

sábado, 5 de maio de 2007

Sinto-me assim

Porque não escrevo?
Uma impressão minhas imagens
Temo arregaçar meus sentimentos
Sinto-me tão inútil

Fecho os olhos… uma lacuna vazia
Abrasível o sonho que tenho
Infindável o tempo que penso
Doença ou…

A expansão do meu ser
É eterna, mas apenas interna
O meu externo…
Ausência tua marca meu nada

Um medo solar
Desejo de não pensar
Uma vida que perdi
Sinto-me só

Deixei a minha cabeça
Roubei o sonho do demo
As chamas de um pesadelo
Resfriaram meu desejo

Agarrei-me a estas lágrimas…
Puxei pela tinta…
Misturei tais palavras…
Não sei como acabar

Penso em escrever
Perco as palavras
Um vácuo de tinta…
Sinto-me… eu

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Sonhos maus

Num crescer de uma palavra, na ascensão deste sonho, como se de uma vida se tratasse… este conjunto de imagens que retratamos e vemos tão nitidamente e o que nos custa… dizer aquilo que vemos e pensamos que, por vezes inconveniente/contra-senso, acusamos falsa segurança pelos que nos rodeiam e vivemos acorrentados ao sonho inoportuno.

Falseamos uma vida de outros sonhos, que não nossos, sonhos lidos e belos que a outrem pertencem… e quando julgamos conhecer bem alguém… arriscamos uns surdos sons sobre o nosso devaneio, então, desaba-se tudo… acabamos a confiança, esgotamos os sentimentos e sonhamos os sonhos pesadelados errados e mortos, pensamentos que nos rebaixam e calamos a índole… pertencemos a esta sociedade, que se corrompe com a nossa corrupção… os nossos falsos sonhos e tudo o que os envolve… e se tu me dizes que não, eu calo-me, pois és sociável e eu é que estou errado…

Que quando sonho é falso, porque a sociedade assim o diz, porque não posso sonhar? Que me trai desta forma tão áspera, falseando minhas noites encolhendo meus milagres, enegrecendo a imagem que eu tenho de mim e de toda a paisagem da sociedade que não existe, da fantasia que por ti sinto… será isso real? Porque posso te sentir assim tão perto e tão longe? Quem me sonha? Porque não sei quem me sonha? Será que alguém me sonha?

Mais um pedaço de vida que se pergunta por si, se aclama e se mata… se esforça por algo que um dia já não conta, que sentimentos idolatrar? Amor, vaidade, virtuosidade, ódio? Que gáudio tenho se não se conhece quem me responda…

E sem querer, acabo adormecendo num profundo devaneio de letras e imaginações e se te imagino, sou incerto… porquê? Porque sonhamos mal?

De uma forma esquecida, devaneio estes pensamentos que palavreio… e sem mais nada a perder, foco-me em mim… Quem sou? Um pequeno grão que cimentam uma família, ou um grande rochedo de uma futura linhagem? Porque existo eu? Será só um acaso ou um destino já traçado? Porque teria eu de pensar nisto, quando pessoas morrem neste momento, nascem, será que alguém pensa como eu? Quem me sonha?

Parágrafos de vida que não sei responder… porque existimos nós? Qual o intuito de morrer e não saber quando acontecerá… se amanha eu me lembrar do sonho de hoje… serei mais feliz? Pertences de uma vida que se esqueceu de respostas, ou se esqueceram das perguntas?

Serei único ou existe mais alguém? A ilusão que faço por ti… fazes tu por mim? Sonhos e devaneios que nem sempre são correctos… São sonhos que temos… e esquecemos. Já mortos, um dia… ressuscitaram…

E tu… sonhas-me?

quarta-feira, 25 de abril de 2007

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Amiga minha

Este é para uma amiga, muito especial...

Nós começamos a imaginar um mundo para o futuro desde pequenos, as coisas vão mudando, pensamos sempre em quem "amamos"… E quando damos por nós estamos sozinhos, num mundo rodeados por "pessoas"… por coisas que não conhecemos ou por coisas que não nos querem conhecer... Quando tudo nos corre mal, só queremos voltar à infância… naquela onde queríamos tanto crescer...

As voltas que damos na cama, os sonhos que se precipitam em abismos infinitos e acordamos a chorar, a pensar onde erramos, porque erramos... era tão previsível agora... melancolicamente agarramos a almofada na esperança duma fada... de um sonho... perdemos sensação do tempo e o que são minutos, parecem anos de escuridão e medos... sonhos desfeitos e corridas esquecidas...

Mas amanha lá estas tu, pronta para ouvir, mesmo sem falar, já dissemos tudo… e sei que o amanhã existirá sempre, porque a essencialidade é mutua… e tudo torna-se mais especial sabendo que tu sentes o que eu sinto e o que estas a sentir estou eu a pensar…

Podia apostar que sabes que estou a escrever isto agora, pois as imaginações já se sentem à distancia, porque somos irmãos apenas filhos de pais diferentes… E tudo aquilo que ficou por dizer são os sentimentos que só servem para ser vividos, não descritos… aos meus olhos tu és assim, tão especial como a chuva que nos vale e purifica a alma de todos os nossos pesadelos, porque sim, porque mereces… e, visto que para mim as coisas complicaram-se, vou fazer de tudo para que sejas feliz…

Palavra de alguém que para sempre estará aqui, para alguém que vai estar sempre cá dentro…

domingo, 22 de abril de 2007

Teu ser, meu perder

Escuridão, uma ilusão
Um desespero
A ânsia come-me a alma
E cospe estas letras

Livre, só e rebelde
Luminosa, intensa
Um cheiro colorido
Com a beleza de teu ser

Constantemente radiante
Um cometa imponente
Com cauda de oiro
Um abismo em teus olhos

Teu beijo, teu mel
Onde quer que vá
Teu sabor esta presente
Meu sonho és tu

Espelho-Te

O teu eco
Essa maravilhosa cópia
O teu segundo tu
Teu reflexo de semelhança

Que faço? Que digo?
Mas não és tu
Será uma ilusão?
De repente tão tu

Esquivou, já não está
Eras tu?
Era espelho…
Tão doirada, tão teu ser

Porque me fazes isto?
Quem és afinal?
És meu desejo, meu sonho…
O mel de minha quimera

Vem daí, salta-o…
Alumia-me o caminho
Esse trilho que anos crêem
A estrada da felicidade

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Amizade

Este é dedicado a todas as pessoas que realmente belam a sua amizade:

Sinto-te cada vez mais
A proximidade já me consome
Tua disponibilidade e afecto
Atas-me de alegria

O sentimento que nos une
É ligado por força divina
Um sentimento hercúleo
Que alimenta meu coração

O toque de tuas palavras
Queimam-me de emoção
Ardem-me o espírito
Chamuscam-me a alma

Mata-me a fome
Este vazio que me tortura
Saltas das letras, libertas-me
Ajuda-me a ser mais eu

Uma felicidade constante
Com esse sorriso angelical
Toca-me com tuas fadas
Meu doce algodão

Até à próxima (=

terça-feira, 3 de abril de 2007

Grito

Como se fosse um espasmo... uma sensaçao de leveza...
Um sopro de vida... um ahhhhh de emoção!
Um choro... uma tristeza... a minha tristeza, o meu choro...
Como se grita a tristeza? Como se eleva a morte de um sentimente tão feliz?
"Jaz morto e arrefece" o sentimento que padeceu de inalegria, uma gota de vida que se vai na corrente destinada ao grande e profundo fado meu... ao infortunio de um final mais que certo, mais-que-perfeito...

E agora choro-te num grito de dor
Uma voz que não esquece
Aquela chama... funde-se
E mil ventos sopram mortos
Meus sentimentos, já esquecidos
E ainda grito mais e mais

Surdo...
Roco de vida
Fundeando a firmeza

Deito-me pesadeloso
Neste leito de morte

Até à próxima =(

sábado, 31 de março de 2007

Mais perto, o mais correcto

Começo a suspeitar que algo não está bem… sabem... quando parece que tudo corre bem!? E parece que nada vai correr mal, sabem essa sensação?
Pois bem… eu “me” assim sinto… Até os meus cozinhados… tudo sai bem…
Tenho medo de cair, enlamear-me nas nuvens que me rodeiam e sentir flutuar na fantasia de um perfeição que não sei se é real…


Escrevo de saudade… não de tristeza…

Sente-se coisas boas e más, é a vida que podemos ter, sangramos e voltamos a sangrar, cicatrizamos as nossas doenças… e a cada sonho corresponde-se uma realidade que quase sempre pesadela-nos tão rapidamente, que nem a sentimos…

Sonhos e devaneios que exigimos nas noites de solidão…

Mas a minha realidade se difere… é mais sonhada que a ficção, é um “Sonho de menino”, como se escreve na canção. É pura e aperfeita-se a cada segundo, sonho-te nesta minha realidade e mil saudades me trespassam este pobre rubro coração…
Sinto-te tão perto e tão longe… como quando febris sentimos um falso frio ou um calor arrepiante…


Como escrevia… tudo corre bem… e que dure muito… pois é como a história nos conta… “Depois da tempestade vem a bonança” (e vice-versa)!


Sinto-te mais perto… e isso, isso é certo…


Até à próxima =)

quinta-feira, 8 de março de 2007

Devaneios de menino

Descaminhando desde o alto da sé, encontro-me perdido neste sumido cercado de sonhos e realidades que se misturam, pernoitam e sonham-se…

E mais se perde neste sinuoso pesar de consciências e medos… onde os sonhos nos trincham com aguçadas marcas… agulhando-nos a alma e tudo o que nos resta e quando mais nos precisamos, eis quando nos perdemos na intrincada rede de sentidos e mergulhos insonsos… pesadelosos passos em direcção a um vácuo de vidas, onde penosas almas sentem-nos e trespassam-nos com seus ardis e engodos de embaio…

Perdendo as estribeiras, sentimo-nos na voz do demónio em afunilados e tremendos sons de morte e desespero…

Mas quando… nos surge aquele sorriso inocente… aquelas cara gradeada por um muro que separa a pureza da realidade… por entre o alvo ferrado e perpendicular… aquelas sorridentes bocas que nos “Senhoram” pela bola perdida… e toda a vida ganha uma nova cor com aquelas pedintes e quentes almas… Satisfação de um solarengo dia… os pequenos rebeldes, atletas de bola… E um simples gesto… um meneio do pé… por cima da vedação… e nos “Senhoram” mais um pouco, no meio de gestos e felicitações sentimos de novo o gáudio juvenil… quando tudo se pensava para aqueles trinta minutos de prazer… onde o elemento feminino era gozado com uma perfeição infantil… aquela bola, que por vezes podia ser mais curta, em forma de disco ou mesmo imaginária...

Sonhos… devaneios de menino… onde tudo é criado e tudo é possível, o que se aprende é real, onde as dificuldades são fáceis de se facilitar… os mais belos dias de um ser terrestre, os mais belos sonhos e momentos de realidade… os tais que quero reviver…


Até à próxima =/

segunda-feira, 5 de março de 2007

Saudade

Quem diria que a noite cai tão rápido
Longe de ti tudo parece distante
Grande se faz o escuro
Toda a lua coberta pelo insensível

A noite já não espalha a magia
Aquela de outros tempos
Onde a lua nos sorria

Inalo flores esperançosas
Aguardo que saias do perfume
Venhas para o exterior
Para o meu interior

Aninha-me em teu véu

Pergunto-me que necessitas
Oiço o vazio…
Meu amor não te chega

Mais uma vez não consigo

Alcanço-te com a vista
Mas o toque dispersa-se
Teu odor que não esqueço
Vive em meu coração
Até à próxima =P

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Batalhando mortes

E sem pensar muito… penso em ti e neste espaço de mil flechas que nos separa… um vácuo de sentimentos enturbilhado num sonho de outrora…

Constante o que se pensa em não pensar… saudades do que nunca tive e ânsia de repetir uma nova morte… e sonhos…

Contando dias em horas sem padrão, acrescentando segundo a segundo à infinita conta de vida… e quando tudo é tão simples, complicam-se os sentimentos e, travando pesadelosos pensamentos, consome-se mais um minuto, uma existência…

Piscando um olhar extinto, lacrimejando vivências esquecidas, entristecido em teu perdido beijo… sem batimento… num piscar de momentos que se vivem e morrem…

Mato-me e volto só para te ver… temendo por minha continuação…

E em paz, guerreio-me até ao fim!


Até à próxima =(

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Caixinha de areia

Minha vida é uma caixinha de areia, os meus sentimentos são os montes e calcos daquele território.
Os sonhos ficam para lá da minha arenosa vidinha...
Os sentimentos são todas aquelas conchinhas que consegues ver... meus amigos, meus grãos...
Minha vida, uma caixinha de areia onde castelo poderes que não tenho...
Minha vida um punhado de preciosas vivências... e em breve submerso e areado, só as memórias de uma criança que brincara ficam...


Até à próxima =)

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Meu marasmo

Num sobressalto cheiro a longa noite que insónia minha cabeça e ocupa meu rubro… A manha marca duas horas e o sono marca zero… Escorre água dos céus e minhas ilusões engolem a seco todo o seu sentimento…

Bateu aquela melancolia que nos obriga a pensar, aquele tipo de sentimento que nos apanha nas alturas mais criticas, quando os nossos sonhos se marasmam…

Sentimos de perto um fim de um ciclo a que nos pertencíamos e éramos intervenientes, como se deixássemos mais um mundo por mudar… sentimo-nos entristecidos com a vida e culpamo-la de tudo, quando na verdade é a nossa capacidade de seres superiores que nos trai, pois leva-nos ao futuro, (ou a planeá-lo) de uma maneira incoerente, mas aprazível.

Socamos o ar num momento de raiva e sem hesitar gotam-nos os olhos de tristeza e fúria.

Sabemos desde logo que nossa humanidade findou e toda a quimera envolta naquele sentimento antigo se esvai… e chora-se um rio de aflições e dessentidos de vida…

Pois custa penetrar na cabeça de quem decide por nós, custa mais ainda entranhar suas palavras de desfecho e quando sentimos isto… somos pesarosos e mais e mais pensamos… e tantos erros nos aparecem… uma vontade tão grande de gritar… e fugir, para um sem nome lugar… para aquele mundo que criamos… o tal que se desmoronou…

Com mais ou menos recalcamento posicionamos nossas mãos de novo na húmida arenosa areia e reconstruímos um palácio que desejamos maior ainda… sem pensar morre-se mais um pouco e vive-se mais um dia…

E os sonhos que nos comandam substituídos por pesadelosos encadeamentos de desgáudio, inalagria e decessão… em lágrimas lavada nossa areada alma, remata-se e morre-se num frio mundo distante e extinto de afectos.

Até à próxima =l

Deixa-me

Deixa-me esta noite
Viver em teus lençóis
Ser teu véu
Teu protector… meu sonho

Teu quente edredão
Teu doce pensamento
Teu corar de felicidade
Tuas lágrimas de amizade

Mata-me sonhos
Come-me pensamentos
Mordisca-me felicidade
Abraça-me ternura

Mas deixa-me teu
Um dia, uma noite
Mima-me de contentamento

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Devaneio desversado

Porque nem todos os devaneios versejam-se, nem todos sonhos se sonham pois às vezes pesadelam-se!
Quando olho para trás e vejo tanta borrada que fiz... começo a pensar porque as pessoas tanto dizem para nós não nos arrependermos do que fizemos, mas sim do que não fizemos? Quando me olho ao espelho e não vejo aquilo que quero ver... tenho este sentimento desde que me lembro de me conhecer... quando me olhei e pensei que fosse diferente... não sei o que esperava e ainda hoje não sei o que espero de mim mesmo, tão depressa queria mais como a seguir acho-me pouco, duvido-me muito e muitas vezes esqueço-me do que já quis ser...
Não me compreendo muitas vezes, sinto-me tão só no meio da minha multidão... Acho que me dou facilmente às pessoas confio muito e depois saio diminuído, acho que preciso de fazer algo mas não sei que achar...
Vivo confundido no mundo, quero tanto amar alguém, que esqueço-me de pensar no que realmente quero; e o que é mais incoerente é que sei disto tudo e mesmo assim contínuo na mesma... às vezes penso mesmo se merecia estar no lugar onde estou...
Sinto que tenho amigos, mas será que eles me conhecem? Será que me esforço demasiado pela sua amizade? É um tema muito dúbio, pois eles merecem meu esforço, mas será que foi por eu me esforçar por parecer quem não sou que eles me aceitaram?
Os versos de felicidade que proponho a mim mesmo... posso eu comprometer-me com tal coisa? Pois para mim a felicidade é um número par e sem paridade não posso ser feliz... Terei de me esforçar mais? Para ser algo que não sou e conquistar aquele "lugar ao sol" que queria?
Sou o primeiro crítico das minhas capacidades e o primeiro a elogia-las... mas se as elogio sou convencido, se as escondo sou modesto (ao ser modesto de mais as pessoas pensam um de dois pontos: ou sou tímido e retrógrado ou então sou convencido e espero elogios). É complicado ser-se quem se é...
Pois bem este meu devaneio explica-me, traduz-me; um ser complicado que complica talvez até o mais simples... Mas sou assim... Que posso eu fazer?

Quando penso se gosto realmente de alguém... não sei... mas tu és diferente, senti-te de maneira diferente, não é uma questão de te querer ver comigo... é o facto de achar que mereces ser feliz e pensar que talvez te possa proporcionar tal felicidade...

Será isto possível? Ou é apenas mais um devaneio meu? Alude-me por favor...

Até à próxima =l

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Eu, tu e o gigante

Olhei para o céu

Perguntei por meu amor

Um gigante apareceu

"Ajude-me meu senhor"


Fitando, sábio ficou

Enegrecido me senti

"Ama-a", perguntou

"Muito", respondi


Energias renovei
Gigante concretizou
No ar seu rosto achei
"Vai e vive", ele falou


Agora somos par
E seu lábio me busca
Adoro o mel do sei beijar

Toda ela me ofusca


Até à próxima =)

Meu amor confesso

Suave gesto
Doce anseio
Teu beijo quero
Teu fel receio

Molhas-me o olhar
Com tuas palavras
Dia-a-dia… amo-te
Mais e mais

Perante ti
Confesso tudo
Sinto isto
Dói ficar só

Agora aqui só para ti
Coloco estas letras
Este sentimento
A minha vida

Sei que me rejeitarás
Mas é melhor assim
Eu aqui, tu aí
A paixão, essa não tem fim

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Aí vem ela

Aí vem ela

Seu feitiço espalha

Cada recanto

Faz com que eu caia

Infestado de amor


Tão doentio

Parece um "para sempre"

Estou demais perdido

Obcecado e fraco

Frágil de afecto


Só penso em ti

Enlouqueço, já nem durmo

Já não vivo

Só tu me podes salvar

Com esse teu mel


Teu toque deixa-me…

Deixa-me para lá

Lá disto

Para um infinito

Onde só tu és finita


Que o divino me ajude

Dê a coragem

De te enfrentar


Propor-te um café

Uma tarde

Uma vida

Até à próxima =)

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Deixa-me admirar-te

Deixo-te adiantar

Para te puder ver

Só para te puder te admirar

O teu som discreto

Diz o fundamental


Que posso dizer…

Estou errante

Extraviado por ti

Tudo o que tu fazes

É meramente irrepreensível


Vives num universo à parte

Onde seres como eu

Só te podem contemplar

Onde és rainha e senhora

Dona do lance


Mundo de perfeição e utopia

Onde tu incomparável

És diva altissima

Até à próxima =)

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Resplandecente

Completo teu ser cintila
Desde o mais minguado meneio
O agitado doirado
Teu deliciado bocejar

Toda tu resplandeces
Tu respiras a vida

Sento-me a mirar-te
Podia faze-lo durante anos
Embalado de te ver
Estarrecido por cada gesto

Mostra-me a tua mão
Um aceno teu

Assim passo mais um dia
Incondicionalmente feliz
Afortunado por te ver
Por comutar algo contigo
Esse teu meloso olhar
Até à próxima =)

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Fala-me...

Inspiras-me…
Remexes os sentimentos
Dás que pensar
Um estudo exaustivo


Uma doce presença
Num triste tempo
Chove… mas tu brilhas
Sacudindo o dourado
Esse teu cabelo…


Espalhar a magia
Vives singela


Platónico…
Uma cegueira
Fala-me
Pergunta-me coisas


Potente e graciosa
Permanentemente tu


Ensina-me a ser...
Ter esse teu charme
O teu puder supremo
Desde a princípio ao enlutar


Eu preciso-te
Em minha existência

Até à próxima =)

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

Teu olhar

Vejo-te e não te toco
Como uma vitrina
Anseio-te
Olhas-me… retribuo

Mais nada…
Vazio…
Brilhante…
Perco o tino

Quero-te
Imagino ambos
Num sonho sem par

Mira-me de novo
Para te sentir
Esse teu doirado ser

Toca-me de novo
Com esse fatal espiar
Só mais uma vez
Para tardiamente evocar
Até à próxima =)

O sonho

Estás lá…
Em todos eles…
Vive-os comigo
Sentes-me?

Ris-te…
Nunca choras
Amas-me
Eu amo-te

Abraças-me
Uma felicidade
Uma cumplicidade
Inquestionáveis

De repente
Tudo se entorna
A vida vai-se
E os olhos abrem-se

A realidade voltou
Chegou um fim
E findou-se um sonho

És tu!

Assim que te vejo
Paro, despenso

Se não fores a tal…
Quem poderá ser?
Não sei se sobreviverei
Mais um dia…
Mais outro…

O teu nome ecoa
Na minha cabeça
Na minha mente
No meu coração

Eu preciso-te
Teu cheiro
Teu Dom
De ti

Faz-me feliz
Um dia que seja
Rastejo-Te Eva
Até à próxima! =)

Fecho os olhos

Fecho os olhos…
Vejo-Te
Beijo-Te
Sinto-te

Porque não és real?
Nos sonhos és tão tu
Mas aqui… no exterior…

Olha-me…
Diz-me que queres
Tanto… mas tanto
Pois assim não dá

Receio-Te…
Teu desprezo
Esse teu olhar fulminante
Esse teu ser… como és…

Penso isto
Choro-Te
E volto a fecha-los…
Até à próxima! =)

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Lembro-te sorrindo...

Passei infindos dias
Procurando minha essência
Mas só agora percebo
És tu meu Santo Graal

É por ti que sinto
És minha razão
A musa, inspiração

Quando te descrevo
Não encontro palavras
Deus escondeu-as
Para sozinhoadmirar

Lembro-te... sorrindo
És o tudo encontrado
Que meu nada procura

Um dia quem sabe…
Te possa qualificar

Anjo divino
Imortal beleza

Perto de ti ínfimo
Longe de ti, minguo

Até à proxima =)

Vive-me...

Choro-te
Assim sem teu tocar
Não sou alguém
A imaginação cria
E o corpo não sente

Sinto a tua mão
Mas… já não está
Quando? Quando virás?
Vazio...
Ninguém responde...

A noite vai longa
Fala-me… quero sentir
Ouve-me a chamar-te

Trocas-me as voltas
E voas à volta
Poisa-me
Deixa-me ter-te

Abraça-me…
E deixa-me viver-te
Grave dependência
Salva-me…
Tira-me desta angústia
Ajuda-me a ser feliz
Até à proxima =)