segunda-feira, 8 de junho de 2009

A dor

Dores... cores escuras e dores. Desertos de sedes salgadas, de quentes precipícios, construídos sobre areias móveis, sonhos despedaçados... quimeras impossíveis. Dores.
Inquestionáveis impossibilidades, beijos vácuos em pesadelos ganhos, faltas e presenças esquecidas. Areal de pensamentos ocos que se mastigam revezadamente, bastante salgados, os doces tormentos. Gáudios desejos mortos em construções esquecidas, uma presença vácua, oca de beijos, atónica, negro e cores impossíveis... cores móveis de dores quentes, uma sede impossível. Matas-me. Despedaças-me. E ali, esquecido, no areal, escuro, entregue à dor.
Mataste-me em dores.

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