sábado, 10 de outubro de 2009

Alentejo

O desenho de uma paisagem... os ásperos traços que te definem a dourado espiga… sem as vidas de outrora crias mais, a nova ramagem, destruindo os empedrados terrenos crus. Nas sombras te consomem as longas e planas encostas de mais um avistado monte.
As paisagens planas encolhem-se nos segredos, nos vastos nenhures… plantados de verdes constantes… paz de alma nenhuma, abandonada à tua sorte.
Os cansados retalhos de gentes perdoam-te pelo nada que lhes fizeste crescer, têm-se e entendem-se tristes, num mar infértil, ausente e só.
Mais um céu que esmaga uma paisagem esquecida, mais uma aurora que te acorda para lá do rio… para além do Tejo.

Sem comentários: