terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tempo

Pensamos… procuramos as respostas aos acontecimentos, mesmo aos mais vãos; aprofundamo-nos em ideias que nos consomem o tempo, que nos levam para outros lugares… é tão bom ter tempo, não o prescindo por nada.
O tempo de uma reflexão, de uma conversa mental. Instruo-me sem consequências, recrio-me e revejo-me. Imito-me vezes sem conta e refundo-me no tempo, no meu relógio diário.
Um banco e uma consciência… tudo o que me resta é cansar este meu descanso e enfrentar-me até ao fim desta pausa, preenchida a cores, a pensamentos e vestígios de ideias que um dia já não tive.
O tempo não perdoa, obriga-nos a agir… Perdido, agarro-me aos pensamentos do ontem e temporizo-os, procurando um saudoso amanhã.
Alargo-me em sonhos… tempo extinto procurando o que irei pensar… o que farei quando tiver mais tempo… julgo-me senhor do tempo… prevejo-me num tempo incerto, costurando ideias, para ter mais vida, para viver mais. No fundo, é para isso que serve o tempo!
Perdido entre os ponteiros da vida, consumo os meus interesses ao máximo… gasto-me com quem mereço, aplico-me a quem merece.
Em minha volta assisto a tempos contados, sigo os tempos modernos… passeiam-se tempos difíceis de prever, onde apenas a imaginação consegue alcançar… perco o tino e fujo para um local onde o tempo não existe… fujo para ti.

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