quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Meu marasmo

Num sobressalto cheiro a longa noite que insónia minha cabeça e ocupa meu rubro… A manha marca duas horas e o sono marca zero… Escorre água dos céus e minhas ilusões engolem a seco todo o seu sentimento…

Bateu aquela melancolia que nos obriga a pensar, aquele tipo de sentimento que nos apanha nas alturas mais criticas, quando os nossos sonhos se marasmam…

Sentimos de perto um fim de um ciclo a que nos pertencíamos e éramos intervenientes, como se deixássemos mais um mundo por mudar… sentimo-nos entristecidos com a vida e culpamo-la de tudo, quando na verdade é a nossa capacidade de seres superiores que nos trai, pois leva-nos ao futuro, (ou a planeá-lo) de uma maneira incoerente, mas aprazível.

Socamos o ar num momento de raiva e sem hesitar gotam-nos os olhos de tristeza e fúria.

Sabemos desde logo que nossa humanidade findou e toda a quimera envolta naquele sentimento antigo se esvai… e chora-se um rio de aflições e dessentidos de vida…

Pois custa penetrar na cabeça de quem decide por nós, custa mais ainda entranhar suas palavras de desfecho e quando sentimos isto… somos pesarosos e mais e mais pensamos… e tantos erros nos aparecem… uma vontade tão grande de gritar… e fugir, para um sem nome lugar… para aquele mundo que criamos… o tal que se desmoronou…

Com mais ou menos recalcamento posicionamos nossas mãos de novo na húmida arenosa areia e reconstruímos um palácio que desejamos maior ainda… sem pensar morre-se mais um pouco e vive-se mais um dia…

E os sonhos que nos comandam substituídos por pesadelosos encadeamentos de desgáudio, inalagria e decessão… em lágrimas lavada nossa areada alma, remata-se e morre-se num frio mundo distante e extinto de afectos.

Até à próxima =l

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