quinta-feira, 8 de março de 2007

Devaneios de menino

Descaminhando desde o alto da sé, encontro-me perdido neste sumido cercado de sonhos e realidades que se misturam, pernoitam e sonham-se…

E mais se perde neste sinuoso pesar de consciências e medos… onde os sonhos nos trincham com aguçadas marcas… agulhando-nos a alma e tudo o que nos resta e quando mais nos precisamos, eis quando nos perdemos na intrincada rede de sentidos e mergulhos insonsos… pesadelosos passos em direcção a um vácuo de vidas, onde penosas almas sentem-nos e trespassam-nos com seus ardis e engodos de embaio…

Perdendo as estribeiras, sentimo-nos na voz do demónio em afunilados e tremendos sons de morte e desespero…

Mas quando… nos surge aquele sorriso inocente… aquelas cara gradeada por um muro que separa a pureza da realidade… por entre o alvo ferrado e perpendicular… aquelas sorridentes bocas que nos “Senhoram” pela bola perdida… e toda a vida ganha uma nova cor com aquelas pedintes e quentes almas… Satisfação de um solarengo dia… os pequenos rebeldes, atletas de bola… E um simples gesto… um meneio do pé… por cima da vedação… e nos “Senhoram” mais um pouco, no meio de gestos e felicitações sentimos de novo o gáudio juvenil… quando tudo se pensava para aqueles trinta minutos de prazer… onde o elemento feminino era gozado com uma perfeição infantil… aquela bola, que por vezes podia ser mais curta, em forma de disco ou mesmo imaginária...

Sonhos… devaneios de menino… onde tudo é criado e tudo é possível, o que se aprende é real, onde as dificuldades são fáceis de se facilitar… os mais belos dias de um ser terrestre, os mais belos sonhos e momentos de realidade… os tais que quero reviver…


Até à próxima =/

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