quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Sonhando acordado...

Pego em mim e respiro uma vez mais. Respiro na esperança de continuar... findando um sentimento de perda... um ensaio de nada...
Respiro-me e transpiro-te... sonho-me e entristeço-me... nos pesadelos e nas fantasias. Apático deixo-me levar em devaneios incertos e o bem é mal, pois todo o mal sabe bem... será que me consigo ver ainda... será que me mudei assim tanto?
Insisto-me em pesadelos e em sonhos, feios, sem cor, queimados, frios... acordo mergulhado em medo e anseios... e a cada golpe de ar... penso-me, penso-te, penso-nos... incoerente, inconstante... ausente deste corpo... transparente o ar que me envolve no opaco da realidade... inafável, sentimentos que se queimam, que me queimam. Sonhos e paixões que o ar me trás a cada sopro e inspiro uma vez mais... para me sentir... vivo e ainda distante.
Inspiro-me, pego-me e sinto-me desfalecendo... respiro na esperança de me dominar... tenho tempo, tenho sonhos... mas falta-me o ar que só tu me dás...