terça-feira, 28 de julho de 2009

Entendo-te

Mais um desejo, procuro-te, no meu local, no nosso lugar... o teu beijo... perdido nos calmos e dóceis lábios de meu amor. Sigo o meu caminho, persisto naquilo que perdi, teimosamente busco-te.
Os meneios são dedicados, os pensamentos exclusivos e tu não me compreendes... enquanto morro por ti, vives aí, na esperança de me amares... vou ficando e tu tão longe... quero, preciso viver-te.
Os erros do passado ninguém os apagará, os votos que quebrei... porque te amo? Imploro-me para conseguir aguentar, para poder encontrar-te, mas só o tempo o dirá... quero, anseio... sei que sim.
Os medos tomam conta de nós e quando decidimos agir... tarde? Se não for assim, não quero mais, não sei sonhar se não fores tu, não consigo entender o que sou, só me entendo-te.
Desculpa, mas eu já não sei fugir... vou ficar até ao meu fim.

sábado, 25 de julho de 2009

Mais

Senti-me diferente...
Estou aqui mais diferente, mais igual... mais feliz! Não me entendo.
Não mereço. Não sei o que faço em mim... O que se passa comigo? Porque me sinto assim?

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Amor cego

Cabisbaixo, mergulho-me num sentimento perdido... perco-me no esquecido, mostro-me e desvalorizo-me. Diante teu retrato, acho-me em apartes, construídos numa parte esquecida e remota, no canto de uma vida, perdida... cheia de acções e ficções, de sonhos que nunca tive, de amor que nunca vivi, que não conheci, que não te conheci.
Olho-me num espelho, num lugar de vida... matéria morta, enterrada num esguio sentido de mim mesmo, empoeirando os desejos de outrora... esquecer é o verbo mais coerente.
Presencio em desejos os monstros de um armário, de um pesadeloso armário... meu macaco de sótão, perdido e triste, sem vontade de me ver. Avidado, sem noção de presente, presenteio-me com os melhores, destacando-me entre os piores, entre os retratos perdidos, nas molduras cabisbaixas e no canto, aparte da realidade, vivo uma ficção, um desejo que tudo volte ao que nunca foi. Amei, vivi, mas não conheci... sonhei ser visto, mas eu é que estava cego.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Conta-me a nossa vida

Ainda te cheiro, ainda te sinto… ainda existes em mim... renasce-se um sonho que se esvai, que vem... que me consome e extingue-se...
Contas-me pesadelos magníficos, em fadas expostos e cosidos com um doirado filamento, negro em esperança... sentindo um olhar que jazia ali... ao fundo da nossa rua.
Juntos, fortes... corações de emoções e fortes pensamentos... anjos e canções de outrora, relembram este amar, consomem os pensamentos meus e tudo o que nunca vivi. Cansado de viver, limito-me a vaguear, ecoo-me em ilusões e devaneios... ainda te procuro.
Premissas de vida... paciência e devoção, construtivo pesar de utopias envoltas num carregado desejo de me ter, de voltar à linha da frente, esperar-me na estação... de um comboio abandonado, esquecido, deambulando em linhas restritas... construídas para mim, carris... sonhos controlados, meu par, minha felicidade.
Construção de uma vida. Ouve-me... meu lamento, a mim... estou vivo... ainda te sinto, já não me minto, existo ainda em mim... e carrego-me até aos teus passos... sou mais que isto, sou eu... conta-me vida... como te recriaste, como me amaste... como nos fizemos... Conta-me.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Sorriso das estrelas

Como a lua cheia de Agosto, tão quente e carinhosa... salientes seus sonhos, envoltos num mágico corar de alegria e num gáudio de mil sonhos, em mil e uma noites se derrete... pura e amorosa.