quinta-feira, 9 de julho de 2009

Conta-me a nossa vida

Ainda te cheiro, ainda te sinto… ainda existes em mim... renasce-se um sonho que se esvai, que vem... que me consome e extingue-se...
Contas-me pesadelos magníficos, em fadas expostos e cosidos com um doirado filamento, negro em esperança... sentindo um olhar que jazia ali... ao fundo da nossa rua.
Juntos, fortes... corações de emoções e fortes pensamentos... anjos e canções de outrora, relembram este amar, consomem os pensamentos meus e tudo o que nunca vivi. Cansado de viver, limito-me a vaguear, ecoo-me em ilusões e devaneios... ainda te procuro.
Premissas de vida... paciência e devoção, construtivo pesar de utopias envoltas num carregado desejo de me ter, de voltar à linha da frente, esperar-me na estação... de um comboio abandonado, esquecido, deambulando em linhas restritas... construídas para mim, carris... sonhos controlados, meu par, minha felicidade.
Construção de uma vida. Ouve-me... meu lamento, a mim... estou vivo... ainda te sinto, já não me minto, existo ainda em mim... e carrego-me até aos teus passos... sou mais que isto, sou eu... conta-me vida... como te recriaste, como me amaste... como nos fizemos... Conta-me.

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